13º Fliaraxá acontece em outubro com práticas alinhadas aos princípios do ESG


Os festivais literários presididos por Afonso Borges por meio da Associação Cultural Sempre um Papo são estrategicamente desenvolvidos apresentando propostas de sustentabilidade e acessibilidade cada vez mais objetivas e proficientes. Todas estão alinhadas com o princípio do ESG (sigla em inglês para “Ambiental, Social e Governança”), que o 13.º Festival Literário Internacional de Araxá – Fliaraxá –, patrocinado pela CBMM, aplica, assim como os demais festivais (Fliparacatu, patrocinado pela Kinross, e Flitabira, pelo Instituto Cultural Vale).
O ESG é um conjunto de critérios utilizados para avaliar o desempenho de uma empresa em áreas que vão além dos aspectos financeiros. O Fliaraxá preza e trabalha com os princípios da preservação ambiental, a partir do convênio que Afonso Borges mantém há anos com o Instituto Terra, visando a compensação de emissões de gás carbônico na atmosfera resultantes da realização dos eventos que preside.
Lélia Wanick Salgado e Sebastião Salgado, criadores do Instituto Terra
Philippe Petit /Divulgação
Combate às mudanças climáticas e redução de impactos ambientais
Através do convênio com o Instituto Terra, além do plantio de árvores para compensação de CO2, o Fliaraxá investe no cultivo de plantas nativas, fundamentais para a regeneração do meio ambiente e a proteção da biodiversidade. A parceria também incrementa um dos pontos fortes do instituto: a educação ambiental, na formação de jovens profissionais especializados.
Autodescrição e Libras – cuidado com as diferenças
Adentrando em outros pontos do ESG, a acessibilidade é um dos princípios orientadores do Fliaraxá. No início de cada palestra, é pedido aos autores que façam suas audiodescrições no início de cada mesa. Os debates também são apresentados por intérpretes de Libras nas redes sociais do festival.
Copos e materiais descartáveis e biodegradáveis, com Certificação FSC
O Fliaraxá, em sintonia com as melhores práticas sustentáveis e de proteção ao meio ambiente, dentro de um evento cultural, utiliza copos descartáveis e biodegradáveis. De quebra, uma mensagem literária, na frase de Valter Hugo Mãe: “Não ler, pensei, era como fechar os olhos, fechar os ouvidos, perder os sentidos”, do livro “A desumanização”.
Os copos são uma ótima opção para substituir copos de plástico e foram produzidos com material certificado pelo Forest Stewardship Council (FSC). Visando um festival literário com baixo impacto ambiental, o copo é biodegradável, comprometido com a sustentabilidade.
A certificação FSC garante que produtos florestais, como madeira e papel, provêm de florestas manejadas de forma responsável, promovendo benefícios ambientais, sociais e econômicos. É um sistema de certificação internacional que busca assegurar a sustentabilidade do manejo florestal e a rastreabilidade dos produtos ao longo da cadeia de custódia.
Acessibilidade e diversidade em gênero, raça e sexo
Além disso, rampas de acessibilidade, descrição audiovisual de obras de arte, banheiros adaptados, placas indicativas, locais destinados para a colocação de cadeiras de rodas sustentam a premissa de levar a cultura e, mais fortemente, a literatura, para os visitantes do festival. Mesmo se tratando de propostas para pessoas com deficiências, essas adaptações também beneficiam idosos e gestantes, garantindo que a cultura – sobretudo a literatura – seja democratizada.
O festival trabalha com uma diversidade significativa de autores e palestrantes que representam diferentes identidades de gênero, raças, etnias e grupos sociais, com atenção à proposta de equiparar o número de autores negros, indígenas e mulheres, por exemplo. Uma vez que os autores são selecionados para compor a programação, a equipe de produção do Fliaraxá seleciona cada um para integrar palestras que discutem diferentes questões relacionadas à literatura, abordando questões como desigualdades e demais problemáticas sociais. Esses temas e abordagens, quando levados ao público das cidades, desenvolvem consciência social e educam a população.
Crescimento econômico sustentável
A realização do Fliaraxá também proporciona o crescimento econômico inclusivo e sustentável, o emprego pleno e produtivo e o trabalho digno para todos. Em todas as edições, é importante para a empresa produtora do evento (a Associação Cultural Sempre um Papo) contratar equipes locais em todos os aspectos da organização: produção, montagem, gastronomia, lançamento de livros de escritores locais, contratação de artistas locais (músicos, atores, contadores de história), etc. Também são estabelecidas parcerias com empresas locais, como hotéis, restaurantes e lojas, para promover o turismo na região e impulsionar a economia local. Compondo o local de realização do evento, é cedido um espaço para que sejam realizadas exposições de produtos locais, como alimentação, artesanato e serviços, proporcionando oportunidades para os produtores locais e gerando receita para a comunidade, além de incentivar o desenvolvimento de pequenos negócios na área. Além disso, durante o festival de literatura são realizados também festivais de gastronomia, organizados por restaurantes locais, que dispõem de um espaço para servir comidas e bebidas para o público durante os dias de realização do evento. Esses atrativos geram empregos e movimentam a economia das cidades durante os cinco dias de evento.
Sobre o 13º Fliaraxá
O 13º Fliaraxá ocorre de 1 a 5 de outubro, no Teatro CBMM do Centro Cultural Uniaraxá. O evento conta com mesas de conversa com escritores, lançamentos de livros, prêmio de redação, atividades para as crianças, apresentações musicais, entre outros. Todas as atividades do festival são gratuitas.
Há 13 anos, a CBMM apresenta o Fliaraxá – Festival Literário Internacional de Araxá, via Lei Rouanet do Ministério da Cultura, com a parceria da Bem Brasil e apoio cultural Centro Cultural Uniaraxá, TV Integração e Academia Araxaense de Letras.

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