Sther Barroso dos Santos, 22, foi espancada e deixada na porta de sua casa. Chegou morta ao hospital. Morreu porque se negou a sair de um baile funk com Bruno da Silva Loureiro, apontado como chefe da comunidade da Coreia, zona oeste do Rio. Segundo a família, por causa da recusa foi torturada. Segundo a opinião pública, se não estivesse num lugar frequentado por traficantes, estaria viva.
É a mesma lógica perversa sobre as vítimas de estupro. Se não fosse o tamanho da saia, do decote, do tipo da dança, do ambiente, do horário, da companhia, não teriam sido humilhadas, brutalizadas, marcadas para sempre. É a mesma engrenagem macabra que alimenta o sentimento de posse naturalizado por séculos que fizeram da mulher propriedade masculina no inconsciente coletivo.
Leia mais (08/19/2025 – 19h00)