Maria José foi assassinada com golpe de faca; suspeito é ex-marido
Reprodução
Uma mulher identificada como Maria José de Oliveira, de 51 anos, foi assassinada com uma facada na região do tórax, na manhã desta terça-feira (23), na Rua Alita, no bairro Cruzeirão, em Cruzeiro do Sul, interior do Acre. O principal suspeito do crime é o ex-marido da vítima, que tem 61 anos, mas ainda não teve identidade revelada e nem foi encontrado pela polícia.
De acordo com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), uma equipe foi encaminhada ao local e ao chegar, a vítima já estava morta. Em seguida, os médicos acionaram o Instituto Médico Legal (IML).
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De acordo com informações de vizinhos, Maria José deixa 16 filhos, sendo que quatro estavam presentes no momento do crime. Ela e o suspeito não mantinham mais um relacionamento.
Em conversa com o g1, uma professora da escola Rita de Cássia, onde três filhos menores de Maria José estudam, confirmou que desde o início do ano passado, a vítima teria sido resgatada pelo Conselho Tutelar e era amparada pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e por todos da escola.
“Ela estava muito bem assistida pelo Conselho Tutelar e outros órgãos. Eu apenas acompanhava com amor as crianças. Acolhi eles desde abril do ano passado quando vieram estudar na escola em que trabalho. Dona Maria José sempre foi acolhida por todos nessa escola”, comentou ela.
A professora confirmou ainda que Maria José havia se separado do ex-marido e tinha sido resgatada pelas autoridades após sofrer violência doméstica. “Nunca vi o ex-esposo dela. Só conheço ela e as 3 crianças menores, pelo que sei, só agora pouco tempo ele [o ex-marido] localizou o endereço”, contou ela.
A mãe de uma aluna que estuda na mesma escola relatou também que sabia que Maria vivia de aluguel social, passava por uma situação de necessidade financeira e, por esse motivo, os pais dos demais alunos sempre se mobilizavam para ajudá-la.
“Ela era muito sofrida, olhar cansado, abatido, mas nunca abandonou os filhos. Lá na escola, a gente se juntava para dar sacolão para ela e doação de roupas. Nós víamos de perto as necessidades que ela passava”, afirmou.
O g1 entrou em contato com a Polícia Militar para obter informações sobre o atendimento e aguarda retorno.
A PM do Acre disponibiliza os seguintes números para denunciar casos de violência contra a mulher:
(68) 99609-3901
(68) 99611-3224
(68) 99610-4372
(68) 99614-2935
Veja outras formas de denunciar:
Polícia Militar – 190: quando a criança está correndo risco imediato;
Samu – 192: para pedidos de socorro urgentes;
Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres;
Qualquer delegacia de polícia;
Secretaria de Estado da Mulher (Semulher): recebe denúncias de violações de direitos da mulher no Acre. Telefone: (68) 99930-0420. Endereço: Travessa João XXIII, 1137, Village Wilde Maciel.
Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa;
Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia;
WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008;
Ministério Público;
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