Trump diz que abraçou Lula e que tiveram ótima química
A declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que teve “boa química” com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de que pretende conversar com ele na próxima semana, pegou de surpresa não só o governo brasileiro, mas também aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo apurou o blog, a fala foi vista como inesperada porque partiu de forma espontânea de Trump.
Ele não foi provocado a comentar sobre Lula e, até aquele momento, vinha mantendo o tom crítico em seu discurso na ONU. O parêntese para elogiar o petista e anunciar a disposição de uma reunião foi considerado fora do roteiro.
Parlamentares bolsonaristas ouvidos pelo blog demonstraram preocupação com a mudança de tom.
Até aqui, os principais interlocutores brasileiros de Trump eram ligados a Bolsonaro, como o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o youtuber Paulo Figueiredo. Agora, a entrada de Lula nessa interlocução direta com a Casa Branca pode alterar esse cenário.
Entre os aliados do ex-presidente, há o temor de que a aproximação abra espaço para uma negociação política capaz de amenizar, no futuro, as sanções e sobretaxas impostas por Trump ao Brasil.
Para os bolsonaristas, trata-se de uma situação inesperada, que pode reposicionar os canais de diálogo entre os dois países.
