‘Invernico’ derruba temperaturas no Centro-Sul nesta quinta; veja previsão para todo o país


A primavera mal começou, mas o clima é de inverno no Centro-Sul do Brasil. A massa de ar polar que avança pelo país deve garantir dias frios e úmidos pelo menos até o fim de semana, com temperaturas bem abaixo do esperado para setembro.
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De acordo com a Climatempo, esse padrão deve se manter até domingo (28), com várias capitais registrando máximas abaixo dos 20 °C e manhãs frias.
No Sul, Porto Alegre (RS) tem mínima prevista para esta quinta-feira (25) de apenas 8 °C. A máxima não deve passar dos 21 °C até sábado (27).
Em áreas serranas gaúchas e catarinenses, há chance de geada isolada ao amanhecer.
Curitiba (PR) vive o cenário mais rigoroso: a capital paranaense pode registrar 10 °C de mínima na quinta e não ultrapassar os 14 °C à tarde.
Florianópolis (SC), mesmo no litoral, também enfrenta dias frios, com mínimas de 14 °C e máximas de 19 °C, sempre sob céu encoberto e possibilidade de chuva fraca.
☁️ Veja a previsão do tempo na sua cidade
“A frente fria, por sua vez, já dá sinais de afastamento e deve alcançar a faixa litorânea do Nordeste, entre Sergipe e Alagoas, no fim da semana, mas de maneira bem enfraquecida em comparação ao que provocou no Sul e Sudeste”, explica César Soares meteorologista da Climatempo.
Amanhecer com geada e muito frio na cidade de Curitiba, Paraná.
MAURO FANHA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Em São Paulo (SP), a sequência de dias cinzentos continua. A previsão aponta máximas entre 15 °C e 17 °C na quinta e sexta (26), com garoa persistente e vento frio.
No fim de semana, os termômetros ainda oscilam pouco: mínima de 10 °C e máxima de 22 °C no sábado (27).
O Rio de Janeiro (RJ) também sente o efeito do ar polar. A quinta deve ser chuvosa, com mínima de 17 °C e máxima de 21 °C, e a sexta repete o padrão, deixando a capital fluminense sob clima úmido e frio.
Belo Horizonte (MG) segue no mesmo ritmo: a quinta terá mínimas de 15 °C e máximas de 23 °C, com pancadas de chuva ao longo do dia.
Já Vitória (ES) pode registrar máxima de apenas 22 °C na quinta e sexta, bem abaixo do habitual para setembro.
No Centro-Oeste, o contraste é maior. Campo Grande (MS) amanhece com 17 °C na quarta e quinta e segue com tardes que não passam dos 31 °C, uma queda em relação ao calor dos últimos dias.
Brasília (DF) e Goiânia (GO) seguem com pancadas típicas da primavera, mas também sentem temperaturas mais baixas: na capital federal, a quinta deve ter mínima de 16 °C e máxima de 28 °C.
Cuiabá (MT), por outro lado, mantém o padrão quente, com máximas de 36 °C a 38 °C, ainda que pancadas de chuva quebrem um pouco o abafamento.
Mapa mostra previsão de chuva para esta quinta (25) em todo o Brasil.
Inmet/Reprodução
☀️ Nordeste segue com calor forte
O frio, no entanto, não se espalha para todo o país. No Nordeste, a frente fria perde força ao chegar entre Sergipe e Alagoas no fim de semana, trazendo chuva mais expressiva apenas na faixa litorânea.
Cidades como Salvador (BA), Recife (PE) e João Pessoa (PB) devem seguir com pancadas passageiras e máximas entre 28 °C e 32 °C, enquanto o interior nordestino continua quente e seco, com termômetros perto dos 38 °C em Teresina (PI).
No Norte, a circulação de umidade ainda provoca temporais.
Manaus (AM) e Belém (PA) seguem com calor em torno dos 34 °C, mas acompanhados de pancadas localizadas.
Rondônia e Acre registram risco de chuva mais intensa, enquanto o Amapá e o norte do Pará seguem firmes e quentes.
Mapa mostra previsão de temperatura máxima para esta quinta (25).
CPTEC/Inpe
🌧️ Chuva ganha força no Sul
Nos próximos dias, a expectativa é de volumes expressivos de chuva até o começo de outubro.
Muitas cidades gaúchas, catarinenses e paranaenses podem somar mais de 100 mm de chuva nesse período, e alguns pontos chegam a ultrapassar 150 mm.
O reforço da frente fria no fim de semana deve renovar as instabilidades, garantindo dias de céu carregado.
No Sudeste, a chuva se espalha por quase todo o território. São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Espírito Santo (ES) e boa parte de Minas Gerais (MG) terão pancadas frequentes nos próximos dez dias.
Não será chuva constante, mas irregular, intercalada por aberturas de sol.
Mesmo assim, há previsão de volumes significativos, especialmente em áreas do litoral paulista e fluminense, além da Zona da Mata mineira.
No Centro-Oeste, depois de meses de ar seco, a umidade volta a ganhar espaço. Mato Grosso (MT) deve concentrar os maiores volumes, com risco de pancadas fortes e temporais localizados.
Em Goiás (GO), Distrito Federal (DF) e Mato Grosso do Sul (MS), as pancadas também aparecem, ainda que de forma irregular. O padrão é típico da primavera: dias abafados, calor forte e chuva intensa em curtos períodos.
O Nordeste continua dividido. O litoral deve concentrar os maiores acumulados, especialmente entre a Bahia (BA), Sergipe (SE), Alagoas (AL) e Pernambuco (PE).
Nessas áreas, pancadas rápidas devem se repetir ao longo da semana, com chance de volumes elevados em pontos isolados. Já o interior segue sob domínio do calor e da secura, com chuva muito irregular e concentrada principalmente no sul e oeste baiano.
No Norte, a transição para o chamado “verão amazônico” — período mais seco — não significa ausência de instabilidade.
Ao contrário: os próximos dez dias terão volumes acima do normal em partes do Amazonas (AM), Acre (AC), Rondônia (RO) e no sudoeste do Pará (PA).
Por outro lado, áreas do Tocantins (TO), do Amapá (AP) e do norte paraense devem registrar pouca chuva, com predomínio do calor.a expectativa é de volumes expressivos até o começo de outubro.
Primavera meteorológica teve início em 1º de setembro e vai até o fim de novembro.
Pexels
🌸 Previsão completa da primavera
De forma geral, a estação promete calor acima do normal em boa parte do país e chuvas que ainda chegam de forma irregular.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a tendência é de temperaturas mais altas no interior do Brasil e incertezas ligadas ao possível retorno do fenômeno La Niña ainda neste trimestre.
No Sul, a previsão é de chuva mais próxima da média, mas isso não significa tempo calmo.
Frentes frias ainda devem passar com força na região e podem trazer temporais e vento forte, como já acontece neste início de semana.
Depois da instabilidade, o ar frio entra e derruba as temperaturas, o que pode provocar até geada leve em pontos de planalto de Santa Catarina e do Paraná.
No Norte, o cenário é de instabilidade mal distribuída. Estados como Acre, Amapá e trechos do Amazonas devem receber chuva acima da média, mas a maior parte da região terá acumulados próximos ou até abaixo do normal.
Já as temperaturas seguem alta: em Roraima, Pará e Tocantins, os termômetros podem ficar até 2 °C acima da média. Esse quadro, somado à baixa umidade, mantém o risco de queimadas, principalmente no sul da Amazônia.
Por sua vez, o Nordeste também deve registrar chuvas abaixo da média em áreas do Maranhão, do Piauí e do oeste da Bahia, prolongando a sensação de tempo seco no interior.
Já no litoral e em parte do centro-leste, como na faixa entre Pernambuco e Alagoas, os volumes tendem a ficar dentro ou até ligeiramente acima do esperado. O calor também será destaque, com picos mais intensos no sudoeste do Maranhão.
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No Centro-Oeste, a expectativa é de retomada gradual das chuvas a partir de outubro e em novembro.
A formação dos primeiros corredores de umidade, as chamadas zonas de convergência, deve ajudar a espalhar as precipitações. Mesmo assim, o calor predomina em toda a região, com tendência de temperaturas acima da média histórica.
O Sudeste, inclusive, acompanha essa tendência. As chuvas voltam aos poucos, ficando mais regulares ao longo dos próximos meses.
Os volumes devem se aproximar ou até superar a média, especialmente em Minas Gerais e São Paulo.
As temperaturas, porém, seguem elevadas, principalmente no interior, mantendo a sensação de abafamento.
Veja como ficam as temperaturas em TODAS as capitais brasileiras, segundo o Inmet:

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