Fernanda Tiemi dos Santos Ferreira, de 16 anos, foi encontrada morta sobre a cama
Reprodução/Redes sociais
A Polícia Civil analisou o celular de Carlos Ovidio Batista e não encontrou mensagens em um aplicativo apenas no dia do assassinato de Fernanda Tiemi dos Santos Ferreira, de 16 anos.
Ele é ex-padrasto da adolescente e o principal suspeito do crime. Ovídio está preso temporariamente desde o final de agosto e agora teve a prisão prorrogada por mais 30 dias.
A jovem foi encontrada morta sobre a cama pela própria mãe dentro da casa da família no Parque São Martinho, em Mogi das Cruzes.
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O delegado do 4º Distrito Policial, Estevão Castro, investiga o caso e logo após a prisão do suspeito iniciou a análise do celular de Ovídio.
Castro destacou que o suspeito trocou mensagens normalmente nos dias que antecederam o crime. “No dia do assassinato não tem nenhuma mensagem e ele volta a usar no dia seguinte ao assassinato. Para gente está claro que ele apagou todas as mensagens.”
A polícia ouviu novamente duas testemunhas que disseram ter visto o carro do suspeito em frente à casa da vítima próximo a hora do crime. Segundo o delegado, elas confirmaram mais uma vez a informação.
No dia do crime a família contou à polícia que Carlos Ovidio Batista não gostava da menina, mas que nunca presenciou ele ameaçar a jovem de morte.
O delegado chegou a ouvir formalmente o padrasto no inquérito policial. Mas ele foi preso no dia 26 de agosto. O homem nega o crime.
Relembre o caso
Fernanda Tiemi dos Santos Ferreira foi encontrada morta sobre a cama no dia 20 de agosto no Parque São Martinho, em Mogi das Cruzes.
Quem encontrou o corpo foi a mãe da adolescente, Raquel Ferreira dos Santos. A filha da jovem de apenas 1 ano e 3 meses estava na casa no momento em que Fernanda foi assassinada.
A filha da adolescente, uma bebê de apenas 1 ano e 3 meses, estava na casa em que a mãe foi morta
Júlia Andrade/TV Diário
Ela tinha ferimentos na cervical e do lado esquerdo do pescoço, provavelmente causados por faca.
A mãe contou à polícia que no dia do crime saiu com a outra filha que está grávida de oito meses para atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Taiaçupeba e permaneceu no local até as 14h.
Após deixarem a UBS, a filha foi até a Santa Casa enquanto a mãe retornou à residência. Conforme o boletim de ocorrência, ela tentou entrar em contato com Fernanda por volta das 11h15, mas a filha não respondia.
Por volta das 16h50, ela entrou no imóvel e encontrou a jovem morta sobre a cama. Ela acionou a PM e o Samu.
O caso foi registrado como homicídio no 4º DP de Mogi das Cruzes. A polícia ouviu uma das irmãs da vítima e a mãe dela. A polícia também solicitou exames ao Instituto Médico Legal (IML). O local do crime passou por uma perícia.
Ex-padrasto preso
No boletim de ocorrência, a família contou que Carlos Ovidio Batista não gostava da menina, mas que nunca presenciou ele ameaçar a jovem de morte. Ele foi preso no dia 26 de agosto. O homem nega o crime.
De acordo com o delegado Estevão Castro, Batista compareceu à delegacia para ser ouvido formalmente no inquérito policial.
“Até então ele estava achando que estava tranquilo, que ele só seria ouvido e iria embora logo em seguida. Mas, como a gente já colheu outros indícios antes da oitiva dele, a hora que ele chegou aqui eu pedi a prisão pro judiciário. O judiciário concedeu e aí nós aproveitamos que ele já estava aqui e já concretizamos a prisão”, informou o delegado.
Carlos Ovidio Batista foi preso na noite seis dias após o crime
Divulgação/Polícia Civil
O suspeito tem 60 anos e namorou a mãe da vítima durante cinco anos. Depois disso, teria se envolvido com a irmã da vítima, uma jovem de 23 anos, que está grávida de 8 meses de um filho dele e tem uma medida protetiva contra ele.
“Até agora tudo leva a crer que [a motivação] seria um misto de ciúme e revanche, vingança. Ele está enciumado com as mulheres que não querem mais nada com ele. Ele está bravo com a irmã da vítima que pediu protetiva contra ele pelas ameaças”, explicou o delegado.
O homem seria o principal suspeito, porque estaria na casa da vítima no dia e horário da morte. Batista teria ainda a informação de que a adolescente estaria sozinha na residência. Outra testemunha teria visto o carro dele em frente ao imóvel no momento do crime.
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