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A avó investigada por matar a neta, de 9 anos, com um bolo envenenado em São Francisco (MG) foi indiciada por homicídio qualificado. O inquérito da Polícia Civil foi concluído e encaminhado à Justiça nesta semana. (Relembre o caso abaixo)
A mulher, de 59 anos, segue presa preventivamente desde o dia 19 de setembro. A criança morreu no dia 23 de julho. O laudo pericial concluiu que tanto o alimento quanto o organismo da vítima continham terbufós, substância tóxica usada em pesticidas e agrotóxicos.
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De acordo com a PCMG, a avó estava sozinha com duas netas em casa quando preparou o bolo em uma frigideira e o ofereceu para as crianças. Enquanto a mais nova faleceu, a mais velha, de 11 anos, consumiu uma quantidade menor do alimento, pois não gostou do sabor. Ela apresentou sintomas mais leves e sobreviveu.
A Polícia Civil informou que a avó foi indiciada por homicídio qualificado nas formas consumada e tentada, com base no artigo 121 do código penal §2º, inciso III, que prevê agravante quando o crime é cometido com uso de veneno. A pena prevista é de 12 a 30 anos de reclusão.
Ainda segundo a PCMG, estão sendo feitos levantamentos complementares para esclarecer a motivação e reunir novos elementos de prova.
Entenda o caso
Avó presa suspeita de envenenar as duas netas
A mulher, de 59 anos, foi detida suspeita de matar a neta, de 9, com um bolo envenenado em São Francisco, no dia 19 de setembro. No inquérito, os policiais constataram que não havia mais ninguém na residência que poderia ter colocado a substância no bolo, conforme relato da própria suspeita e da criança sobrevivente.
Segundo a Polícia Civil, a demora da avó em buscar ajuda médica após a neta mais nova passar mal ao comer um pedaço de bolo foi um dos principais fatores que levantaram a suspeita de que ela teria envenenado o alimento.
O delegado William Araújo detalhou que foi a própria sobrevivente foi quem gritou pela avó, dizendo que irmã estava morta.
“A avó estava tomando banho e arrumando o cabelo. Ela chegou e deparou com a criança numa situação que já evidenciava possível morte, e foi massagear a barriguinha da neta. Não é isso que se espera dentro de um contexto de normalidade. Aquela morosidade, aquele intervalo de tempo entre a verificação do estado debilitado da neta e o socorro efetivo chamou atenção e funcionou como um dos principais fatores que a levaram a situação de principal suspeita”.
O delegado informou também que outro detalhe que chamou a atenção da equipe é que a avó “não demonstrou grande preocupação e pouco abalo emocional com o fato de a neta ter sido envenenada e morta. Isso nos causou estranheza”.
Um gato da família, que também morreu após consumir alimentos no local, foi examinado por um médico veterinário. O laudo do especialista apontou que o felino teve danos ao fígado, indicando intoxicação como provável causa da morte do animal.
Em nota, o advogado da suspeita, Raphael Simões de Moraes Neto, disse que a cliente dele colaborou espontaneamente com as investigações e autorizou diligências em sua residência.
O defensor afirmou ainda que ela nunca se omitiu, razão pela recebeu com “surpresa” a decretação de sua prisão preventiva. “Estamos tomando medidas para reverter a decisão e, por ora, ressaltamos a inocência da senhora e a desproporcionalidade de sua prisão, visto que sua liberdade não oferece quaisquer tipo de risco.
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