‘Motivo de enorme alegria’, diz pesquisador da UEPB nomeado um dos cientistas mais influentes do mundo


Rômulo Alves, professor da UEPB, em João Pessoa, que ganhou reconhecimento global como um dos cientistas mais influentes do mundo em 2025
Rômulo Alves/Arquivo Pessoal
O professor Rômulo Alves, do Departamento de Biologia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em João Pessoa, foi destacado como um dos cientistas mais influentes do mundo em 2025, segundo ranking internacional publicado em parceria com a Universidade de Stanford, dos Estados Unidos.
“Esse reconhecimento me inspira a seguir explorando novas fronteiras. É motivo de enorme alegria, mas também de grande responsabilidade. É gratificante perceber que essa trajetória foi construída coletivamente, com colegas, orientandos, instituições e agências de fomento que sempre apoiaram o trabalho”, conta Rômulo.
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A classificação, que é considerada uma das mais prestigiadas internacionalmente, analisa cientistas de 22 campos e 174 subcampos científicos, que possuam, pelo menos, cinco artigos publicados. A seleção faz referência a 2% dos pesquisadores mais citados, a partir de informações da plataforma Scopus, a maior base de dados de literatura revisada por pares. São levados em conta parâmetros de citação padronizados, citações de artigos com base nas posições do autor, e outros índices.
“O ranking é elaborado por uma das universidades mais prestigiadas do mundo, Stanford, em parceria com a Elsevier, maior editora científica global. Isso dá ainda mais relevância ao feito, mostrando que o impacto do nosso trabalho transcende fronteiras regionais e nacionais. Mais do que uma honra pessoal, é a prova de que a ciência feita nas universidades públicas brasileiras tem força e relevância internacional”, enfatizou.
Incentivo à pesquisa e relevância global
O professor possui produção científica consistente na área de Zoologia, com ênfase na conservação da biodiversidade e saúde. Segundo Rômulo, sua pesquisa tem destaque na Etnozoologia, disciplina que investiga as interações entre os seres humanos e animais, desde os mais tradicionais até os impactos gerados pela caça, pesca, comércio de fauna e outras ações humanas.
“O que me levou a trilhar esse caminho foi uma infância fortemente ligada à natureza, que naturalmente me direcionou ao curso de Biologia. Sempre acreditei que integrar ciência e saberes locais é fundamental para a construção de estratégias de conservação mais eficazes”, revelou o professor.
Para o pesquisador, o fato de seu trabalho ter ganhado reconhecimento no mundo todo se deve à característica interdisciplinar do tema e sua relevância para o contexto social e ambiental.
“Outro aspecto crucial é a conexão direta com problemas concretos, como a perda acelerada da biodiversidade, a intensificação da degradação ambiental e os riscos de zoonoses, desafios que exigem soluções urgentes, inovadoras e integradas. Essa combinação de rigor acadêmico, impacto social e aplicabilidade prática ampliou a visibilidade dos estudos e reforçou sua relevância em escala global”, explicou.
De acordo com Rômulo, a universidade pública e seus programas de apoio são essenciais para que novos estudantes e pesquisadores consigam oportunidades para viabilizar uma trajetória acadêmica sólida. O professor incentiva que a paixão pela área seja aliada com resiliência e compromisso.
“Acima de tudo, mantenham equilíbrio e paixão pelo que fazem. A ciência só cumpre plenamente seu papel quando alia rigor acadêmico a compromisso humano e social, ajudando a conservar a vida em todas as suas formas”, aconselha Rômulo.
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