Crime da 113 Sul: quem é Adriana Villela, acusada de mandar matar os próprios pais
A Justiça do Distrito Federal revalidou, nesta terça-feira (30), as provas reunidas até o começo do júri popular no caso que ficou conhecido como “Crime da 113 Sul”.
No começo do mês, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou o tribunal do júri e a condenação da arquiteta Adriana Villela, apontada como a mandante do crime.
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Naquela decisão, o STJ disse que o caso voltaria à primeira instância – e que caberia ao novo juiz do caso definir se as provas reunidas até o começo do júri popular seriam anuladas ou mantidas.
A decisão de revalidar o material é do juiz substituto Heversom D’Abadia Teixeira Borges, do Tribunal do Júri de Brasília.
‘Crime da 113 Sul’: STJ anula condenação de Adriana Villela por triplo homicídio
“[…] RATIFICO [confirmo] as provas produzidas durante a instrução processual realizada na primeira fase do procedimento do Tribunal do Júri, as quais integrarão o conjunto probatório a ser examinado por ocasião da nova decisão de encerramento da primeira fase do procedimento especial (pronúncia, impronúncia, desclassificação ou absolvição sumária)”, diz a decisão.
Ou seja: os documentos, vídeos e depoimentos reunidos durante a fase de instrução do caso, antes do envio ao júri popular, serão usados como base para uma nova decisão judicial.
A partir dessas provas, caberá ao Tribunal do Júri de Brasília decidir se envia Adriana Villela a um novo júri popular – essa decisão é chamada de “pronúncia”, no jargão jurídico.
Na decisão desta terça, o juiz Heversom D’Abadia Teixeira Borges também dá prazo de 10 dias para que a defesa de Adriana Villela:
diga se quer produzir novas provas a partir dos depoimentos dos executores do crime, já condenados – e que descrevem Adriana como a mandante das mortes;
e se manifeste sobre as outras provas existentes no processo.
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Crime da 113 Sul
O crime ocorreu em 28 de agosto de 2009, no sexto andar do bloco C da 113 Sul, quadra nobre de Brasília. No local, residiam José Guilherme Villela e sua esposa, Maria Villela.
Os dois formavam um renomado casal de advogados, responsáveis por um escritório que atendia o mais alto escalão da capital federal, incluindo ex-presidentes e ministros.
Foram mortos a golpes de faca:
José Guilherme Villela, 73 anos, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), morto com 38 facadas;
Maria Carvalho Mendes Villela, 69 anos, advogada, morta com 12 facadas;
Francisca Nascimento da Silva, 58 anos, morta com 23 facadas. Ela trabalhava como empregada doméstica da família.
Maria Carvalho Mendes Villela e José Guilherme Villela, mortos em 2009 em apartamento na Asa Sul
Arquivo pessoal
Infográfico – Veja linha do tempo do Crime da 113 Sul na Justiça
Arte/g1
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