PF prende 29 suspeitos de roubar caminhões para revender peças
Uma operação em cinco estados prendeu 29 suspeitos de roubar caminhões para revender peças.
A quadrilha registrava todas as etapas do crime. Os bandidos escolhiam os alvos nas rodovias e levavam os caminhões roubados para um galpão, usado no desmanche. Rodas, cabines, peças inteiras eram retiradas e depois vendidas. Os investigadores atribuem ao grupo 50 crimes patrimoniais em menos de um ano.
“Eles tinham metas. A meta era sempre dois veículos por semana, pelo menos. E, nós encontramos todas as modalidades de roubo e de abordagem nessa organização criminosa: contratação por frete, abordagem violenta quando o veículo estava parado”, diz o delegado-chefe da PF em Campinas/SP, Edson Geraldo de Souza.
As buscas ocorreram em São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso e Santa Catarina. Seis suspeitos estão foragidos. Em Campinas, interior paulista, a Polícia Federal encontrou pátios cheios de peças de caminhões roubados, além de lojas onde elas eram vendidas.
Entre os presos está o dono de uma empresa de rastreamento de veículos de São Caetano do Sul. Segundo a investigação, fornecia localização dos caminhões que seriam roubados e cobrava até R$ 50 mil para permitir que os bandidos ficassem com os veículos.
A Polícia Federal interditou 11 empresas que negociaram peças de caminhões roubados ou movimentaram dinheiro da organização criminosa. A Justiça bloqueou R$ 40 milhões em bens ligados à quadrilha.
“Nós temos empresas de vulto, grandes empresas, de nome no mercado, utilizando-se do mercado ilícito ou intermediando peças para os seus clientes”, afirma o delegado-chefe da PF em Campinas/SP, Edson Geraldo de Souza.
PF prende 29 suspeitos de roubar caminhões para revender peças
Reprodução/TV Globo
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