Foto mostra um carimbo de visto em um passaporte estrangeiro em Los Angeles, nos EUA, em 6 de junho de 2020.
Chris Delmas/AFP
A partir desta quarta-feira (1º), os viajantes que precisam de visto para entrada nos Estados Unidos estão sujeitos a uma novas regra envolvendo as entrevistas presenciais.
Agora, solicitantes menores de 14 e maiores de 79 anos precisarão passar por essa etapa. Mas há exceções (veja abaixo).
Até o mês passado, pessoas nessas faixas etárias geralmente não eram obrigadas a comparecer a uma entrevista. A mudança vale para cidadãos de todos os países que precisam de visto para entrar nos EUA, incluindo os brasileiros.
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A novidade foi anunciada pelo site oficial do Departamento de Estados dos EUA em julho. Ela estava prevista para entrar em vigor em 2 de setembro, mas foi adiada para outubro.
Mesmo com a alteração, os EUA mantiveram algumas exceções (veja abaixo).
Categorias que continuam dispensadas da entrevista:
quem vai renovar um visto B-1, B-2 ou B-1/B-2 (turismo/negócios de curta duração) que continua válido ou expirou há menos de 12 meses e tinha pelo menos 18 anos quando o visto anterior foi emitido;
solicitantes de vistos diplomáticos ou oficiais;
candidatos de vistos A-1, A-2, C-3 (exceto empregados domésticos), G-1, G-2, G-3, G-4, NATO-1 a NATO-6 ou TECRO E-1 — geralmente usados por organismos internacionais e militares;
quem vai renovar um visto H-2A (trabalhadores agrícolas temporários) que continua válido ou expirou há menos de 12 meses e tinha pelo menos 18 anos quando o visto anterior foi emitido.
Para a exceção valer, o solicitante ainda precisa:
fazer o pedido no seu país de nacionalidade ou residência;
nunca ter tido um visto recusado (a menos que tal recusa tenha sido superada ou dispensada);
não ter inelegibilidade aparente ou potencial (os EUA não descrevem quando isso aconteceria).
⚠️Atenção: mesmo nessas situações, o consulado pode solicitar entrevista, se considerar necessário.
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💰Visto continua custando US$ 185
Apesar de o governo dos EUA ter aprovado, em julho, uma taxa extra de US$ 250 (cerca de R$ 1.330) para emitir o visto, não existe uma data estabelecida para que essa taxa comece a valer.
Dessa forma, o visto continua custando US$ 185 (cerca de R$ 985). O valor é aplicado a qualquer solicitante, mesmo aqueles que têm o visto negado posteriormente, e não é reembolsável. 👉Veja aqui como tirar visto americano de turismo.
Já a nova cobrança de US$ 250, chamada Visa Integrity Fee (“taxa de integridade”), fez parte do pacote “One Big Beautiful Bill”, sancionado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Segundo a lei, a cobrança seria aplicada apenas no momento da emissão do visto, para quem tivesse o documento aprovado, e haveria possibilidade de reembolso. No entanto, cabe ao governo americano definir quando a taxa será implementada, o que ainda não aconteceu.
A US Travel Association, que reúne representantes do setor do turismo dos EUA e é crítica à nova taxa, disse estar pressionando o governo Trump e parlamentares para que essa cobrança seja adiada por tempo indeterminado.
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