Família morre afogada no rio Paracatu após acidente com embarcação
Três pessoas da mesma família morreram afogadas no Rio Paracatu, em Brasilândia de Minas, no Noroeste do estado, durante um momento de lazer no domingo (28). Rodrigo Rocha de Queiroz e Edileia Nobre de Oliveira morreram afogados tentando salvar a filha Rebeca Nobre de Queiroz, de 5 anos, que também morreu.
O afogamento ocorreu por volta das 18h, na zona rural do município, sob a ponte da rodovia MG-680. O ponto fica a cerca de 130 km do 3º Pelotão do Corpo de Bombeiros de João Pinheiro, que foi chamado para fazer as buscas.
O g1 reuniu as principais informações com o que se sabe e o falta saber sobre o caso. Veja a seguir.
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Quem eram as três pessoas que morreram?
Rodrigo, de 34 anos, e Edileia, de 32, morreram afogados tentando salvar a filha Rebeca, de 5 anos, que também morreu no Rio Paracatu, em Brasilândia de Minas. Segundo membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia, a família é lembrada como unida, carinhosa e muito fiel.
“Era uma família bastante participativa na igreja, unidos na presença de Deus. Há sete ou oito anos vieram de Brasília para Brasilândia de Minas. A Edileia tinha cargos na igreja, cuidava do ministério das crianças, e o Rodrigo era um barbeiro muito conhecido. Todos nós estamos de luto”, disse uma amiga da família, que não quis se identificar.
Como aconteceu o afogamento?
Testemunhas contaram ao Corpo de Bombeiros que duas famílias estavam reunidas às margens do rio. Rebeca brincava na parte rasa, quando a correnteza a arrastou para o fundo.
A mãe, que não sabia nadar, foi atrás da filha na parte profunda para tentar salvá-la e também desapareceu.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o pai sabia nadar e tentou socorrer as duas mergulhando e empurrando a esposa e a filha alternadamente para a parte rasa. No entanto, devido ao esforço físico e desespero das duas, foi arrastado pela correnteza e não voltou à superfície.
Rodrigo Rocha de Queiroz, a esposa Edileia Nobre de Oliveira e a filha Rebeca Nobre de Queiroz.
Reprodução/Redes Sociais
Outra criança também se afogou no local?
Quando Rebeca começou a se afogar, outra criança, de 6 anos, também pulou na água para ajudar e também se afogou. A avó da criança entrou no rio e a salvou, mesmo não sabendo nadar muito bem.
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Como foi o resgate?
Mãe e filha foram resgatadas por pescadores no fim da tarde de domingo. Os corpos foram encontrados com os braços entrelaçados no fundo do rio, a cerca de 10 metros de onde desapareceram. O pai só foi localizado na manhã de segunda- feira (29) pelo Corpo de Bombeiros.
A Polícia Militar (PM) informou que os corpos foram liberados pelo perito da Polícia Civil e levados ao Instituto Médico Legal (IML) de Paracatu.
Como é o Rio Paracatu?
Na região onde os afogamentos ocorreram, o rio tem cerca de 40 metros de largura e até 4 metros de profundidade, segundo os bombeiros.
Restrições para banhistas serão aplicadas?
De acordo com o coordenador de Defesa Civil de Brasilândia de Minas, Geraldo Pablo, diante da ocorrência de afogamentos na região em períodos de calor, restrições ou a interdição de áreas de risco para banhistas são analisadas.
Onde foi o velório e o sepultamento?
Segundo amigos, o velório da família ocorreu na Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Brasilândia de Minas, e o sepultamento foi realizado em Santa Fé de Minas, no Norte do estado. Ambos ocorreram na segunda-feira (29).
O que falta saber?
Rodrigo e Edileia deixam outros dois filhos de 8 e 4 anos, respectivamente.
Ao g1, familiares disseram que até o momento não se sabe quem ficará com as crianças. A expectativa é de que a família se reúna nos próximos dias para decidir.
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