Polícia Civil faz operação sobre morte de jovem em clínica estética no Rio


A Delegacia do Consumidor (Decon) iniciou, nesta quarta-feira (1º), uma operação para cumprir 8 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a pessoas envolvidas na morte de Marilha Menezes Antunes, de 28 anos.
A jovem morreu no dia 8 de setembro, após um procedimento estético no hospital-dia Amacor, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Segundo a Polícia Civil do RJ, Marilha foi vítima de erro médico.
A ação desta quarta decorre de uma investigação que apontou falhas adicionais durante a cirurgia. As diligências ocorrem em Irajá, Bonsucesso, Vista Alegre, Jardim América e Cascadura, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e em Mesquita, na Baixada Fluminense.
Prisão do médico e laudos
No dia 15 de setembro, a Decon prendeu o médico responsável pelo procedimento, José Emílio de Brito. De acordo com a polícia, ele responde por homicídio e falsidade ideológica.
Um perito que prestou depoimento à Decon afirmou que a necropsia constatou 7 perfurações no corpo da vítima, com ao menos 2 lesões penetrantes que atingiram a cavidade abdominal e provocaram hemorragia interna.
Um laudo do Instituto Médico-Legal (IML) apontou perfuração no rim e hemorragia interna como causa da morte. Em registros feitos no dia da ocorrência, o médico havia atribuído o óbito a uma broncoaspiração seguida de parada cardiorrespiratória.
Fiscalização e prisões na clínica
Em uma diligência anterior, 2 gerentes da clínica foram presas em flagrante por crime contra as relações de consumo.
O local foi interditado após fiscalização do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e da Vigilância Sanitária, que encontraram medicamentos vencidos no centro cirúrgico, na farmácia e no carrinho de parada cardíaca, situado no mesmo ambiente onde a paciente morreu.
O que dizem os citados
A clínica informou na ocasião, em nota, que atua como hospital-dia, alugando o centro cirúrgico para equipes terceirizadas, que seriam responsáveis pelos insumos e pela condução dos procedimentos. A direção afirmou lamentar a morte, colaborar com as autoridades e manter a infraestrutura exigida para emergências.
A família da vítima contesta. “Foram 90 minutos tentando reanimar a minha irmã”, disse Léa Caroline Menezes, irmã de Marilha, ao relatar demora no acionamento do socorro e falta de recursos no local.
Marilha Menezes Antunes era técnica de segurança do trabalho em uma companhia aérea
Divulgação

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