Veja os caminhos mais seguros para fazer romaria até o Santuário Nacional de Aparecida, SP


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Nos dias que antecedem a Festa da Padroeira, celebrada anualmente no dia 12 de outubro – Dia de Nossa Senhora Aparecida –, uma cena se torna comum às margens de rodovias e estradas que cortam o Vale do Paraíba: a peregrinação de fiéis rumo ao Santuário Nacional, o maior templo católico do país.
A menos de duas semanas da celebração oficial da Padroeira, o g1 separou os caminhos mais recomendados para que os fiéis possam fazer a romaria em segurança até o templo religioso.
Apesar de tradicional, peregrinar pela Rodovia Presidente Dutra não é recomendado pelo Santuário e pela Polícia Rodoviária Federal.
Segundo o próprio Santuário, são sete caminhos principais que os fiéis podem percorrer:
Caminho da Fé
Caminho de Aparecida
Caminho de Nossa Senhora
Caminho religioso da Estrada Real
Rota da Luz
Caminho da Padroeira
Caminho da Graça
Santuário Nacional de Aparecida
Lucas Tavares/g1
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Caminho da Fé
Um dos mais tradicionais percursos até Aparecida é o chamado ‘Caminho da Fé’, que é composto por mais de 2 mil quilômetros, sendo que 400 km atravessam montanhas da Mantiqueira, entre São Paulo e Minas Gerais, por estradas vicinais, trilhas, bosques e asfalto.
Ao todo, segundo o Santuário, são 21 ramais e 72 cidades que compõem o trajeto. Na região do Vale do Paraíba, o Caminho da Fé passa por cidades como São Bento do Sapucaí, Campos do Jordão, Pindamonhangaba, Roseira e Potim, por exemplo. O ramal principal começa em Águas da Prata (SP) e termina em Potim.
Caminho de Aparecida
O Caminho de Aparecida possui uma extensão de 282 quilômetros, sendo 95% desse percurso em estradas de terra e trilhas. O ramal principal começa em Alfenas (MG) e percorre 17 cidades e distritos do Sul de Minas, atravessando a Serra da Mantiqueira até chegar ao Santuário Nacional.
Caminho de Nossa Senhora
Já o Caminho de Nossa Senhora tem 495 quilômetros de extensão e existe desde 2012. Ele liga a cidade do Rio de Janeiro à Aparecida, percorrendo, ao todo, 20 cidades.
Na região do Vale do Paraíba, o percurso abrange as cidades de São José do Barreiro, Areias, Silveiras, Cachoeira Paulista, Lorena, Guaratinguetá, Potim e Aparecida.
Caminho religioso da Estrada Real
O Caminho Religioso da Estrada Real existe desde 2017 e possui um total de 1.032 quilômetros de extensão, somando as duas alças do caminho.
Ao todo, o trajeto, que começa oficialmente na cidade de Caeté (MG), percorre 38 municípios, sendo 32 mineiros e 6 cidades paulistas.
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Rota da Luz
A Rota da Luz possui 201 quilômetros de extensão e vai de Mogi das Cruzes à Aparecida. Ela existe desde 2016.
Segundo o Santuário, são nove cidades paulistas percorridas durante o trajeto: Mogi das Cruzes, Guararema, Santa Branca, Paraibuna, Redenção da Serra, Taubaté, Pindamonhangaba, Roseira e Aparecida.
Caminho da Padroeira
Um dos mais recentes caminhos criados, o Caminho da Padroeira existe desde 2020 e tem um total de 330 quilômetros de percurso.
O trajeto é considerado ‘misto’, ou seja, com ‘estradão’ e estrada, atravessando a Serra da Mantiqueira entre os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Caminho da Graça
Já o Caminho da Graça possui 400 quilômetros de extensão e existe desde 2004. Os trajetos duram geralmente entre 4 e 5 dias.
Entre os principais pontos para iniciar a trajetória estão o Mosteiro em Roseira Velha, além de Bom Jesus de Tremembé, em Tremembé (SP).
Rodovia Dutra fora da lista
A Dutra é um dos caminhos não recomendados pelo Santuário para chegar à Aparecida. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também não recomenda o caminho, devido aos perigos.
“É importante destacar que a PRF não indica esse tipo de atividade, uma vez que é extremamente perigoso caminhar ou pedalar na Rodovia Presidente Dutra, que possui um dos maiores volumes de veículos da América Latina, por onde circulam veículos pesados e o tráfego flui em velocidade considerável, tanto que o próprio Santuário Nacional de Aparecida não reconhece a Via Dutra como rota oficial em seu portal”, explicou o chefe da PRF em Aparecida, Eron Ribeiro.
Apesar de a Dutra não ser o caminho mais apropriado para o percurso, Eron destaca que a PRF também implementa ações de segurança para que os fiéis possam chegar seguros ao Santuário.
“Ainda assim, infelizmente muitas pessoas insistem em fazer essa peregrinação pela Dutra e por conta disso, a PRF todos os anos implementa várias ações de segurança com o objetivo de minimizar os riscos para esses devotos”, completou.
De acordo com os dados da própria PRF, na Operação Aparecida realizada no ano passado foram registrados 83 acidentes de trânsito, que resultaram em 93 pessoas feridas e 4 mortes na Rodovia Presidente Dutra.
No mesmo período da operação em 2023, haviam sido 56 acidentes, com 52 pessoas feridas e 2 pessoas mortas.
Imagem de arquivo – Romeiros na Dutra.
Carlos Santos/ g1
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