Combate aos incêndios na Chapada dos Veadeiros completa uma semana
O combate aos incêndios na Chapada dos Veadeiros, em Goiás, completou neste sábado (4) uma semana.
Mesmo depois que o sol se põe, os brigadistas continuam trabalhando. A temperatura de 35 graus durante o dia cai para 20 à noite, o que ajuda a enfrentar as chamas.
O major Weslei Ferreira Teixeira, coordenador da operação do Corpo de Bombeiros de Goiás, explicou: “É claro que o combate noturno ele oferece mais riscos, devido ao terreno ser muito acidentado, mas quando permite, devido à temperatura diminuir, e a umidade aumentar, isso favorece a questão do conforto dos bombeiros que estão combatendo, e também facilita o acesso às chamas e um combate mais eficiente.”
Em uma área a sete quilômetros do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, onde na sexta (3) havia muito fogo e fumaça, os focos foram controlados, mas podem voltar a se espalhar. Durante todo o dia, o helicóptero do Ibama levou os brigadistas para as linhas de fogo e despejou água nos pontos de difícil acesso. Já no território Kalunga, o incêndio segue sem controle. O fogo destruiu uma casa.
Há queimadas em outros cinco municípios na região nordeste de Goiás. Em Minaçu, o fogo avança sobre as serras perto da cidade e também da Terra Indígena Avá-Canoeiro.
Além do helicóptero do Ibama que está sendo usado desde quinta-feira, os coordenadores da operação para apagar os incêndios na Chapada dos Veadeiros avaliam a necessidade de mais apoio aéreo: um avião para jogar água nas linhas de fogo.
Equipes do ICMBio percorreram a pista de terra do aeroporto de Cavalcante para verificar as condições de segurança.
João Morita, coordenador do Centro Especializado em Manejo Integrado do Fogo do ICMBio, explicou: “O avião de combate a incêndio opera tanto em pista asfaltada quanto em pista de terra, não tem problema. Mas ela precisa estar relativamente lisa, porque ele decola com 3 mil litros de água, então ele decola muito pesado.”
A Polícia Civil investiga se o fogo foi criminoso. Ao todo, 132 pessoas trabalham na operação. São brigadas do governo federal, voluntários e bombeiros de Goiás. E quem não está na linha de frente do combate ajuda como pode.
A servidora pública Nathalia Oliveira afirmou: “Trouxemos duas levas de isotônico, mas a gente está se reunindo e fazendo essas doações desde segunda-feira, até de comida, arroz, feijão, carne. Eu acho que é uma contribuição nossa de apoiá-los porque eles estão protegendo nosso Cerrado e protegendo a gente indiretamente também”