Microalga espirulina é aposta de startup do Amapá para exportação e saúde


Espirulina no Amapá: microalga é rica em proteínas, minerais e vitaminas B
Uma startup de bioeconomia do Amapá desenvolveu uma nova forma de produzir espirulina, microalga usada como suplemento alimentar. O produto agora é feito em grânulos crocantes e sem sabor, o que facilita o consumo. A inovação foi criada pela bióloga Elane Cunha, fundadora da empresa.
Segundo Elane, o novo formato é diferente do pó tradicional, que costuma ter gosto forte e pode chegar contaminado.
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“A espirulina é cultivada em tanques cobertos, parecidos com os usados na piscicultura, e não pode ficar exposta. Microrganismos chegam pelo ar e pela chuva. Sem boas práticas, como tanques adequados e secagem correta, o sabor e a qualidade são prejudicados”, explica.
Durante a produção, são realizados testes de toxinas e controle microbiológico para evitar contaminações por outras algas. De acordo com a bióloga, esse padrão de qualidade é pioneiro no Brasil.
A espirulina é rica em proteínas, minerais, antioxidantes e vitaminas do complexo B. Além de fortalecer os músculos e a imunidade, ela ajuda no emagrecimento, dá mais energia, contribui para a saúde do coração e auxilia no tratamento de diabetes e rinite alérgica.
A empresa é considerada uma deep tech — termo usado para startups que trabalham com ciência avançada e soluções complexas, como o tratamento de doenças, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
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A startup recebeu prêmios em dinheiro em competições estaduais e nacionais, o que ajudou a investir em pesquisa. Agora, planeja construir um parque industrial, ampliar a produção e comercializar a espirulina no Brasil e no exterior.
A CEO Maria Eleonora Cunha destaca que a empresa realiza pesquisas com a Universidade Federal do Amapá (Unifap), Senai Amapá e Senai Cimatec. Os estudos são financiados pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial. Dois deles serão publicados em artigos internacionais e em um livro.
Elane Cunha também visitou fazendas de espirulina na França para aprender técnicas de produção em larga escala e trazer boas práticas para o Amapá. O país europeu é referência mundial na produção da microalga.
“O Amapá tem clima ideal, com calor e luz o ano todo. Na Europa, o cultivo só acontece por sete meses, por causa do inverno”, afirma.
O objetivo das pesquisadoras é tornar o Amapá um polo nacional — e até internacional — na produção de espirulina de alta qualidade.
Produção é feita em tanques cobertos e inclui testes para evitar contaminações, com padrão inédito no Brasil
Elane Cunha/Arquivo Pessoal
Espirulina é rica em proteínas e vitaminas, ajuda na imunidade, energia, emagrecimento e no tratamento de doenças
Elane Cunha/Arquivo Pessoal
Equipe da startup é composta por Elane Cunha, Maria Eleonora Cunha e Silvia Faustino
Elane Cunha/Arquivo Pessoal
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