Em conversas obtidas pela investigação, o agressor reforçava as ameaças à vítima: “só vou descansar quando nós dois estivermos no inferno”.
Divulgação/PCDF
A Polícia Civil prendeu, na terça-feira (7), um homem de 25 anos acusado de descumprir medidas protetivas e fazer graves ameaças de morte à sua ex-companheira no Distrito Federal.
Mensagens obtidas pela corporação mostram o suspeito dizendo “só vou descansar quando nós dois estivermos no inferno” (veja prints acima).
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O agressor chegou a mostrar uma arma para a vítima e seus familiares em uma festa. Segundo a polícia, o relacionamento foi marcado por repetidas agressões.
Perseguição
Desde o término do relacionamento de oito anos, o agressor seguiu perseguindo a vítima.
Mesmo após a concessão de medidas protetivas, o agressor continuou a persegui-la.
Ele chegou a rodear a casa dela armado com facão, atirando pedras contra a residência e gritando que mataria toda a família.
Numa outra situação, o homem exibiu uma arma de fogo em público e, logo depois, empurrou a vítima durante uma festa, provocando pânico em todos os presentes.
Em troca de mensagens obtidas pela investigação (veja acima), o homem reforçou as ameaças contra a mulher com uma pessoa que não teve a identidade revelada pela polícia.
Diante do risco real e iminente de feminicídio, a Justiça determinou a prisão preventiva.
O Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Riacho Fundo entendeu que as medidas protetivas anteriores se mostraram ineficazes e que a prisão era imprescindível para garantir a ordem pública, a integridade física e a vida da vítima e de seus familiares.
O preso é foi encontrado no Maranhão, numa ação de cooperação entre as polícias duas unidades federativas.
Histórico de violência
De acordo com a investigação, os oito anos em que o homem se relacionou com a vítima foram marcados por agressões físicas, psicológicas e patrimoniais, controle possessivo e ameaças reiteradas.
O medo e a perseguição não eram exclusivos da mulher, o terror se estendia à toda a família .
O pai relatou aos investigadores que o agressor chegou a manter a da filha em cárcere privado e ameaçou matá-lo.
Já as irmãs descreveram que sempre havia um clima de desespero em casa, já que o autor sempre repetia a frase: “só descansaria quando todos vou descansar quando todos estiverem no inferno”.
Uma das irmãs ainda relatou que o homem usava os filhos do casal para pressionar o retorno da vítima ao Maranhão, em descumprimento frontal às ordens judiciais.
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