O atraso na reforma da quadra da Escola Estadual Professora Ondina Pinto Gonzalez, em Sumaré (SP), tem obrigado alunos a usarem as salas de aula para a prática de educação física. A obra, com investimento de R$ 1,1 milhão, deveria ter sido concluída em janeiro de 2025, mas está paralisada.
Uma placa fixada em frente à escola detalha que a obra começou em agosto de 2024 e deveria ter durado cinco meses, mas somente a cobertura foi entregue. Ainda é necessário instalar o piso, a iluminação e demais estruturas.
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À EPTV, afiliada da TV Globo, os pais dos estudantes disseram ter feito três abaixo-assinados para tentar resolver a situação, mas não tiveram resposta. Os responsáveis também dizem haver um “empurra-empurra” entre o governo estadual e o município em relação à responsabilidade pela obra.
“A gente não sabe se o repasse da verba veio todo para a prefeitura e a prefeitura não finalizou isso, se teve algum problema com a empresa que ganhou a licitação para fazer a obra, se o município está com esse dinheiro parado e não conclui”, disse a dona de casa Adriana Ferreira.
A dona de casa também frisou a importância da atividade física na rotina dos estudantes. “A gente, aqui, é um bairro de periferia, então as crianças já não têm muita opção de lazer. A educação física na escola, para muitas crianças, já não é uma coisa que eles têm habitualmente na realidade deles”.
Com reforma de quadra atrasada desde janeiro, alunos de escola estadual em Sumaré fazem educação física dentro da sala
Johnny Inselsperger/EPTV
Concentração prejudicada
O operador de produção Carlos França Leandro contou que as crianças reclamam de problemas para se concentrar nas tarefas por conta das atividades físicas dentro de sala de aula. “Se você não tem a área destinada para isso e transporta para a sala de aula, isso vai impactar no desenvolvimento em sala, por exemplo, se for um dia de prova”, afirmou.
“A gente se sente lesado até porque a gente faz as nossas contribuições e vê que não está sendo destinado às áreas que deveria ser, principalmente educação”, destacou.
Procurado, o governo estadual informou que a obra faz parte do Plano de Ações Integradas do Estado de São Paulo (PAINSP). O repasse, que está em dia, é feito pelo Estado, e a execução da obra é de responsabilidade da prefeitura.
A EPTV pediu um posicionamento para a Prefeitura de Sumaré, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem.
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