Uma empresa de Morro Agudo (SP) foi alvo da operação deflagrada nesta quinta-feira (16) contra fábricas clandestinas e usinas ilegais. Agentes da Polícia Federal (PF), da Receita Federal, da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e do Ministério da Agricultura e Pecuária participaram da ação.
A Operação Alquimia integra a investigação da cadeia de falsificação de bebidas alcoólicas com metanol que tem feito várias vítimas fatais em todo o país.
Além de Morro Agudo, as coletas de amostras estão sendo realizadas em outras 20 cidades, de cinco estados brasileiros: São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
Até a última atualização desta reportagem, os nomes das empresas não haviam sido divulgadas.
O objetivo da operação é identificar a origem do metanol e confirmar se há relação entre os materiais apreendidos nesta operação e outras amostras já recolhidas pela Polícia Federal e por órgãos como a ANP.
O levantamento mais recente do Ministério da Saúde diz que, até está quarta (15), o Brasil já tem oito mortes mortes confirmadas por intoxicação, seis em São Paulo e duas em Pernambuco.
As equipes envolvidas vão verificar a procedência dos materiais apreendidos e coletar amostras para análise no Instituto Nacional de Criminalística (INC).
“As empresas selecionadas para as coletas de elementos e amostras foram escolhidas com base no potencial de envolvimento na cadeia do metanol, desde a importação da substância até sua possível destinação irregular. Entre os alvos estão importadores, terminais marítimos, empresas químicas, destilarias e usinas. Os importadores são responsáveis pela entrada do metanol no país, utilizando-o em seus processos produtivos e revendendo o produto para empresas químicas”, disse a Receita em comunicado.
SP cria protocolo para detectar metanol em bebidas