
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), pediu ao governo federal nove vagas em presídios federais de segurança máxima e recebeu a autorização para a transferência de presos que lideram organizações criminosas no Rio.
O pedido foi feito na tarde desta terça-feira (28) e já foi autorizado pelo governo federal.
O governador Cláudio Castro queria viajar ao Distrito Federal para discutir a crise de segurança no estado, mas a avaliação em Brasília foi de que ele deveria permanecer no Estado.
Foi decidido que os ministros Rui Costa, da Casa Civil; Ricardo Lewandowski, da Justiça; e o diretor-executivo da Polícia Federal, William Murad, irão ao Rio de Janeiro na quarta-feira (29) para discutir ações conjuntas de inteligência.
Entenda a troca de acusações entre os governos Lula e Castro
Em uma entrevista coletiva sobre a operação, o governador Cláudio Castro (RJ) afirmou que estava “sozinho”, em referência ao que chamou de falta de ajuda da União.
Ele afirmou que, em diversas vezes ao longo do ano, solicitou empréstimos de veículos blindados das Forças Armadas. Segundo Castro, o pedido não foi atendido, porque o governo federal dizia que, para isso, era preciso um decreto da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) por parte da Presidência da República.
Segundo Castro, Lula é contra decretar GLO para as Forças Armadas atuarem nos estados.
“Tivemos pedidos negados 3 vezes: para emprestar o blindado, tinha que ter GLO, e o presidente [Lula] é contra a GLO. Cada dia uma razão para não estar colaborando”, queixou-se Castro.
A TV Globo teve acesso a ofícios enviados pelo governo estadual ao federal, em 28 de janeiro. Segundo o governo do Rio, o pedido não foi atendido (veja na imagem abaixo):
Ofício enviado por Castro, em janeiro, pedindo ajuda ao governo federal
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