
Mulher que atuou como fonoaudióloga no AP é presa em SP por usar registro falso
Polícia Civil de SP/Divulgação
Uma mulher de 47 anos foi presa em flagrante na quinta-feira (6) em São Paulo por falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão. Ela se apresentava como fonoaudióloga e já havia atuado em Pedra Branca do Amapari, no interior do Amapá.
A prisão aconteceu quando Cinthia Vilhena Aguiar tentava registrar um diploma estrangeiro no Conselho Regional de Fonoaudiologia, na zona sul da capital paulista. O documento era falso e, segundo a Polícia Civil, emitido por uma suposta faculdade da Flórida, nos Estados Unidos.
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O marido da suspeita também foi detido. Ele se passava por médico e usava um diploma norte-americano falsificado. O caso faz parte da Operação Fábrica do Falso Diploma, que investiga o uso de certificados de ensino superior falsificados — agora com foco em instituições estrangeiras.
Segundo a polícia, Cinthia já atendia pacientes em unidades de saúde havia pelo menos dois anos, inclusive crianças com transtorno do espectro autista. A denúncia partiu de estagiárias de uma clínica, que desconfiaram da atuação da falsa profissional.
De acordo com o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), os diplomas falsos são vendidos na deep web, principalmente nas áreas de medicina, odontologia e farmácia. O casal foi autuado por falsidade ideológica e uso de documento falso. O esquema também está sendo investigado pelo FBI, a polícia federal dos Estados Unidos.
O advogado Wagner Barbosa afirmou que sua cliente foi vítima de um golpe da faculdade estrangeira e que já foi liberada.
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O Conselho Regional de Fonoaudiologia da 9ª Região (Crefono 9), que atende estados do Norte, incluindo o Amapá, informou que Cinthia Vilhena Aguiar não tem registro profissional no órgão. O conselho reforçou que atuar como fonoaudiólogo sem registro é ilegal.
Para consultar se um profissional está registrado no Crefono 9, basta acessar o site www.crefono9.org.br, entrar no Portal Fono 24h e escolher a opção “Consulta profissionais cadastrados”.
Quais as diferenças entre a prisão temporária e a preventiva?
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