Homem é condenado a quase 50 anos por matar casal em 2017 no interior do Acre


Os corpos do casal foram achados em 7 de maio de 2017 em uma região de mata na periferia de Feijó
Evilasio Cosmiro/Arquivo pessoal
Oito anos após o crime, José Carlos Nogueira da Silva foi condenado a quase 50 anos de prisão pelo assassinato do casal Raimundo Nonato Lima de Oliveira, de 29 anos e Eliana Marcelino Braga de 22 anos, em Feijó , no interior do Acre, em 2017. Decisão ocorreu após julgamento na última quinta-feira (6).
Silva foi representado pela Defensoria Pública do Acre (DPE-AC), que costuma não manifestar sobre os casos. Cabe recurso da decisão.
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O réu foi condenado a 49 anos, 10 meses e 12 dias de reclusão em regime inicialmente fechado. A Justiça negou o direito do homem de recorrer em liberdade. Além da prisão, o suspeito terá que pagar indenização de R$ 10 mil aos pais de cada uma das vítimas.
Ele também foi condenado por corrupção de menores devido à participação de três adolescentes no crime.
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A sentença reconheceu o motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa do casal, que foi encontrado com perfurações na garganta.
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Segundo o Ministério Público do Acre (MP-AC), o homicídio de Raimundo Nonato foi motivado por disputa entre organizações criminosas. Ainda segundo a acusação, Eliana foi assassinada por ter testemunhado um outro crime na região.
“As consequências são graves, e ultrapassam os efeitos naturais de delito, uma vez que as vítimas foram retiradas abruptamente da convivência com sua família, ainda em idade jovem, cujos entes passaram o resto de sua vida sem a presença amorosa das vitimas. Foram encontrados com varias perfurações e sinais de tortura, o que certamente abala o psicológica dos familiares”, disse a sentença.
Relembre o caso
O casal foi atraído em 7 de maio de 2017 para uma região de mata no bairro Geni Nunes, na periferia de Feijó. À época, o capitão Augusto Sousa da Polícia Militar (PM), afirmou que tanto o homem quanto a mulher tinham ferimentos no pescoço e várias perfurações nas costas.
Eliana morava no bairro Zenaide, já o namorado residia no mesmo bairro onde aconteceu o crime. Naquele ano, diligências foram feitas no município para tentarem identificar a autoria dos homicídios.
A PM disse que ao encontrar o casal “desovado” em 2017, eles apresentavam cortes nas gargantas, tinham perfurações nas costas e o homem ainda teve a orelha cortada.
Ainda naquele ano, a Policia Civil iniciou as investigações e concluiu inicialmente, que o crime estaria ligado a acerto de contas por dívida de drogas.
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