Vale a pena ter bomba atômica?

Líderes políticos racionais devem tentar obter uma bomba atômica? Até 2014, minha resposta teria sido um convicto “não”. Desenvolver tecnologia bélica nuclear é caro. Manter arsenais, idem. E, pelo menos naqueles tempos pré-2014, era também relativamente inútil. Tanto o mundo bipolar da Guerra Fria quanto o unipolar da “Pax Americana” eram geopoliticamente mais estáveis que o atual. Não é que não ocorressem guerras, mas elas eram localizadas.

Num plano mais teórico, vigorava a doutrina MAD (acrônimo inglês de “destruição mútua assegurada”), segundo a qual o uso de artefatos nucleares em larga escala levaria à aniquilação tanto da parte que lançou o ataque quanto da que a ele respondeu. Basicamente, eram armas feitas para não serem usadas.
Tanto é assim que África do Sul, Belarus, Cazaquistão e Ucrânia, que chegaram a deter armas nucleares (herdadas da URSS nos três últimos casos), optaram por delas abrir mão.
Leia mais (06/20/2025 – 11h00)

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