Investir depois da aposentadoria ainda vale a pena? Especialistas dizem que sim, desde que haja organização
divulgação Freepik
Com o aumento da expectativa de vida, manter as contas em dia após os 60 anos é um desafio para os idosos. A dúvida mais comum é: investir depois da aposentadoria ainda vale a pena? Especialistas dizem que sim, desde que haja organização para garantir segurança financeira e qualidade de vida.
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Segundo o economista Aldo Barrigosse, uma das orientações mais usadas é a regra do 50/30/20, que divide a renda mensal em três partes:
💊 Despesas básicas
🏖️ Lazer
💰 Investimentos
“O segredo é organizar a renda mensal. Quem tem mais de 60 anos precisa de flexibilidade e acesso rápido ao dinheiro em caso de imprevistos”, afirma o economista Aldo Barrigosse.
Divisão é simples
Conforme o especialista, a fórmula inclui gastos com saúde, diversão e até investimentos que geram renda mensal.
🔹 50% para necessidades básicas
Metade da renda deve ser destinada às despesas essenciais. Nessa faixa entram gastos com saúde — como plano médico e medicamentos — além de moradia, alimentação e transporte básico.
🔹 30% para lazer e desejos
Um terço do orçamento pode ser usado para o que traz prazer e bem-estar. Isso inclui viagens, passeios, presentes, passatempos e restaurantes. O economista destaca que esse percentual é importante para manter a qualidade de vida e lembra que pessoas acima de 60 anos podem aproveitar descontos exclusivos e benefícios da terceira idade.
🔹 20% para dívidas e investimentos
A menor parcela da renda deve ser voltada à quitação de dívidas com juros altos, como cartão de crédito e cheque especial. Quem já estiver livre dessas contas deve priorizar investimentos seguros, começando pela reserva de emergência em produtos com liquidez diária, como o Tesouro Selic e CDBs, e avançando para opções que gerem renda mensal, como fundos imobiliários (FIIs).
Legado e segurança
Além de garantir tranquilidade, planejar as finanças pode deixar um legado de educação financeira para filhos e netos. O economista alerta ainda: “Desconfie de qualquer promessa de dinheiro fácil e fuja de golpes. O foco deve ser sempre a segurança e a estabilidade.”
Para o casal Sheila e José Amorim, a aposentadoria não trouxe descanso, mas um novo começo. Sheila é personal trainer e dona de um estúdio de treinos. José, formado em Administração, decidiu mudar de área aos 60 anos, cinco anos antes de se aposentar. Ele entrou no curso de Educação Física para trabalhar ao lado da esposa.
A decisão foi planejada em conjunto e envolveu anos de economia, reservas para viagens e cuidados com a saúde. A ideia partiu de Sheila, que preferiu contar com o marido em vez de contratar outra pessoa. Além de reduzir custos, o casal passou a ter mais tempo juntos.
Assim como Sheila e José, milhares de brasileiros acima dos 60 anos têm escolhido abrir o próprio negócio para manter a independência financeira e uma rotina ativa. Um levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), feito a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), aponta que o chamado “empreendedorismo sênior” atingiu um recorde no Brasil.
Conforme o estudo, pela primeira vez o Brasil passou de 4,3 milhões de pessoas idosas à frente de negócios próprios. Nos últimos 12 anos, o número de empreendedores com mais de 60 anos cresceu 53%.
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