A saúde mental na maternidade atípica
O Profissão Repórter desta semana mergulha na rotina de cuidados de crianças e adolescentes atípicos pela perspectiva das mães. Elas são muitas. Segundo dados do Censo Demográfico de 2022, mais de 14 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência. Há 24 anos, Lucimara Roque passa 24 horas por dia cuidando do filho Guilherme, diagnosticado com deficiência intelectual e em investigação para autismo.
“Desde pequeno, ele tinha um temperamento difícil. Fugia de casa, da escola…sempre corri atrás dele”, desabafa Lucimara.
Hoje, sem tratamento terapêutico, Guilherme faz uso apenas de medicações para controlar o comportamento agressivo.
“Eu não consigo dar conta. Todos os dias, ele sai de casa, fica vagando por aí. E todos os dias eu saio à procura dele. Enquanto estou em casa, vivo em constante agonia.”
A repórter Nathalia Tavolieri e o técnico Carlos de Oliveira conheceram Lucimara em um desses momentos em que o filho havia saído de casa.
“Estou exausta mentalmente. Sei que minha saúde mental não está boa e que preciso me cuidar pelo meu filho.”
Jornadas exaustivas, exclusão do mercado de trabalho e falta de apoio: os desafios da maternidade atípica
Nos últimos meses, Lucimara encontrou suporte emocional no grupo de Mães Atípicas de Santana de Parnaíba (MASP), na grande São Paulo.
“Para mim, que sou mãe solo, o grupo se tornou a minha rede de apoio. Trocamos informações, dicas e desabafos. Uma ajuda a outra.”
A saúde mental na maternidade atípica
Reprodução/TV Globo
Veja a íntegra do programa no vídeo abaixo:
Edição de 21/10/2025
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