Clínica de Nutrição da Unaerp atende a população gratuitamente, realiza avaliação, planejamento e orientação nutricional
Crédito: DICom Unaerp
Nos últimos anos, tem crescido entre adolescentes e jovens um movimento de valorização dos próprios corpos e biotipos, deixando de lado o ideal de magreza extrema difundido por modelos e passarelas.
Do ponto de vista nutricional, essa mudança é considerada positiva, segundo a professora doutora Telma Braga, coordenadora do curso de Nutrição na Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp). Pois tal mudança de comportamento reduz a pressão estética associada ao corpo muito magro e incentiva escolhas mais equilibradas.
“Adolescentes que aceitam melhor seus corpos tendem a adotar comportamentos alimentares mais saudáveis e sustentáveis a longo prazo, como maior consumo de frutas, verduras e práticas de atividade física pelo prazer, e não apenas pela estética”, explica a professora Telma Braga.
Pressão estética e a relação com a comida
Para a professora Telma, a pressão estética influencia de maneira marcante a relação que os jovens têm com a alimentação. E isso ocorre nos mais diferentes perfis, desde aqueles que evitam comer antes de sair de casa para não “parecer ‘inchado’ na foto”, até os que entram em regimes pesados e depois tem episódios de compulsão.
“Esse vai e vem entre restrição e culpa é um ciclo que faz muito mal”, alerta.
Ela destaca que, quando o jovem aprende a respeitar a fome e a saciedade, consegue comer de forma mais tranquila. Se ele desenvolver uma imagem corporal positiva terá menor risco de transtornos alimentares e maior probabilidade de praticar atividade física por prazer e não apenas como punição para “compensar” o que comeram.
“É o caso daquele adolescente que vai a uma festa, come bolo e pizza sem culpa e depois, naturalmente, volta a se alimentar bem nos dias seguintes”, exemplifica. “A aceitação corporal não significa ‘descuidar da saúde’, mas sim construir uma relação mais saudável e sustentável com a comida e com o próprio corpo”, reforça.
Nutricionistas no laboratório de Cozinha Experimental do curso de Nutrição da Unaerp: alimentos saudáveis preparados para promover saúde e bem-estar
Crédito: DICom Unaerp
Alimentação saudável em qualquer biotipo
Um elemento importante defendido pela coordenadora do curso é que é plenamente possível manter uma alimentação saudável independentemente de ser um corpo mais magro ou com mais peso.
“Alimentação saudável não se restringe a um tipo de corpo ou a um peso específico. O que define saúde é a qualidade do que se consome e a regularidade dos hábitos, e não apenas a balança”, explica.
Telma explica que um jovem magro pode ter uma dieta pobre em nutrientes se consome fast food com frequência ou faz dietas extremamente restritivas, assim como uma pessoa com corpo maior pode apresentar um padrão alimentar equilibrado, baseado em frutas, verduras, legumes, feijões e preparações caseiras.
“A ciência já mostrou que práticas como cozinhar mais em casa, reduzir ultraprocessados e priorizar alimentos in natura estão associadas a menor risco de doenças crônicas, independentemente do peso corporal”, afirma.
A nutricionista Aline Zucolotto, formada pela Unaerp explica que o curso a preparou para todas as áreas da Nutrição e também incentivou a pesquisa para futuros mestrado e doutorado (Vídeo: TV Unaerp)
Segundo uma pesquisa publicada em 2024 na revista “The Lancet Diabetes & Endocrinology”, é necessário mudar o paradigma em relação à obesidade. Esta precisa ser classificada de acordo com a saúde metabólica e impactos funcionais, e não apenas pelo peso ou IMC.
Perspectiva também adotada pelo Brasil segue pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) que propõe o conceito de “obesidade controlada”:
“Leva em conta a trajetória de peso ao longo da vida, reconhecendo que perdas de 5% a 10% já podem trazer grandes benefícios clínicos, mesmo que o IMC permaneça na faixa de obesidade”, complementa.
Educação alimentar e nutricional, o papel do nutricionista
A especialista ressalta o papel da para que adolescentes e jovens desenvolvam uma relação equilibrada e saudável com a comida, sem culpa ou excesso de restrições. Além disso, esclarece que o trabalho do nutrólogo vai muito além de indicar cardápios ou restringir alimentos.
“A Educação Alimentar e Nutricional é uma ferramenta fundamental porque mostra que comer não deve ser um ato de culpa, e sim de prazer, cultura, convivência e cuidado com a saúde”, conta.
O papel do nutricionista é estimular a “variedade, equilíbrio e autonomia alimentar, ajudando o jovem a perceber que não existem ‘alimentos proibidos’ e que todos os alimentos podem ter espaço em uma rotina saudável”, conclui a coordenadora Telma Braga.i
Futuros nutricionistas formados na Unaerp realizam aulas práticas e experimentos em laboratórios com recursos adequados ao aprendizado nas muitas áreas de trabalho dessa profissão
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