Agricultora colhe mandioca ‘gigante’ de 1,8 metro maior que geladeira, em Boa Vista
A agricultora Loreni Rodrigues, de 58 anos, levou um susto ao colher uma mandioca de 1,8 metro de comprimento em uma fazenda na região do Água Boa, zona Rural de Boa Vista. A raiz ficou maior que a geladeira da cozinha e surpreendeu todos na região.
“Foram cavando, cavando, e a mandioca não acabava mais”, contou, ainda rindo da surpresa.
A mandioca foi colhida na última sexta-feira (3). A mandioca foi medida em casa e fotografada ao lado da geladeira. Loreni trabalha com agricultura familiar e havia comprado recentemente a área onde fez a colheita.
“Fiquei muito contente, porque dizem que o lavrado não dá nada. Dá sim, basta cuidar. A terra aqui é boa. Já plantei melancia, e a gente vai colher mais de 13 mil quilos de mandioca”, disse.
A agricultora contou que a mandioca foi retirada de uma área onde choveu e ela resolveu aproveitar a umidade para acolher os pés de mandioca que estavam maiores.
“A gente cavou com cuidado pra não quebrar, e deu essa grandona. As outras eram mais grossas, mas essa foi a mais comprida”, afirmou.
Loreni pretende guardá-la por um tempo. “Vou deixar aqui bonito, talvez faça uma exposição”, brincou.
Mandioca de 1,8 metro é colhida em Roraima
Arquivo Pessoal
O pesquisador da Embrapa na área de melhoramento genético da mandioca e doutor em agronomia pela Universidade Federal de Lavras, Everton Souza, explicou que o tamanho da raiz é resultado de uma combinação de solo fértil, tempo prolongado de cultivo e boas condições de umidade.
“Quando a planta encontra um solo arenoso, com matéria orgânica e sem excesso de água, ela continua se desenvolvendo. Se for deixada por muito tempo, pode crescer indefinidamente, virando praticamente uma raiz de árvore”, explicou.
Ele destaca que a mandioca costuma ser colhida entre seis e doze meses, quando está no ponto ideal para o consumo. Depois disso, ela fica “fibrosa e perde qualidade”.
Loreni acredita que a raiz gigante é um sinal de que o novo terreno tem potencial. “Comprei o sítio há menos de um mês e já começou assim. Fiquei animada. A terra é boa mesmo”, disse a agricultora, que contou com a ajuda de dois trabalhadores na colheita.
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