Amor na pista: Como a corrida tem virado cenário de romance
A corrida tem ganhado cada vez mais espaço como prática esportiva, mas também como uma forma de ampliar redes de relacionamento. O Globo Repórter mostrou que, além de saúde, o esporte tem rendido romances — e revelou um “código secreto” usado nas meias dos corredores para identificar possíveis parceiros (entenda abaixo).
É o caso da jornalista Carol Pires, de Fortaleza. A rotina dela sempre foi corrida — e não apenas no sentido literal. Funcionária de uma multinacional, ela passa o dia entre reuniões e compromissos. Mas quando chega a sexta-feira, enquanto muitos se preparam para sair, ela já está focada no treino do sábado.
“Jamais saio na sexta. Tenho que treinar cedinho no sábado. Às 5h30 da manhã já estou correndo”, conta.
O hábito virou parte essencial da vida dela. E foi durante um desses treinos em grupo que Carol conheceu o dentista Felipe Holanda.
“Antes do treino, a gente sempre conversa uns 15 minutinhos. Foi ali que tudo começou”, lembra ele.
O cenário ajuda: a Avenida Beira Mar, em Fortaleza, fica tomada por corredores nas primeiras horas do dia. Depois de um treino, Felipe adicionou Carol nas redes sociais. A conversa fluiu e, ainda no mesmo dia, ele a convidou para um café da manhã.
“Não foi vinho, não foi cerveja. Foi café! Bem diferente”, brinca Carol.
O “date” dos corredores costuma ser fora do padrão. Em vez de encontros noturnos, eles planejam viagens para participar de provas juntos.
“Ter objetivos parecidos nos aproximou ainda mais”, diz Felipe.
O relacionamento evoluiu e, recentemente, veio o pedido de casamento. Agora, além de corredores, são noivos.
Carol e Felipe se conheceram em corridas de rua e estão noivos
Reprodução/TV Globo
‘Meia azul’: o código entre os corredores solteiros
‘Meia azul’: entenda código de paquera entre corredores solteiros
Mas nem todo mundo precisa estar em um relacionamento para se conectar durante a corrida. Muitos solteiros também usam o esporte como forma de conhecer pessoas — e até criaram códigos para isso. A “meia azul” virou símbolo entre os corredores solteiros.
“A meia azul é um equilíbrio ali entre o desespero e a oportunidade (risos). É uma brincadeira que pegou. Quem está solteiro usa a meia azul para se identificar. E quando tem corrida de rua, fica mais fácil: você vê o número de peito da pessoa, depois olha o resultado, acha o nome e vai atrás nas redes sociais”, explica a influenciadora Carol Zacarias.
Mas há quem afirma que não precisa usar os acessórios para perceber os sinais.
“Sempre rola uma paquera. A gente passa, de vez em quando, e dá uma olhada para depois ir atrás das redes sociais ou até mesmo desenrolar uma conversa ali. Por que, afinal, a gente corre, mas também se diverte. Estamos abertos a conhecer novas pessoas”, diz o estudante Paulo Victor Belchior.
A meia azul é o sinal usado para os solteiros solteiros se identificarem
Reprodução/TV Globo
‘Ele levou um gel de carboidrato para mim no primeiro encontro’
‘Levou um gel de carboidrato pra mim no primeiro encontro’: como corrida uniu casal
A assistente judiciária Lara Sampaio e o militar Gustavo Delfino se conheceram após um comentário em uma postagem que ela fez sobre corrida.
“Desde então, não paramos mais de conversar”, conta Lara.
O primeiro encontro teve até presente temático:
“Ele levou um gel de carboidrato para mim, que é o que a gente usa nas corridas (risos)”, diz ela.
E lá se vão dois anos de relacionamento, entre maratonas e treinos.
“Eu costumo dizer que a corrida é a rede social de verdade, né? Porque ali a gente está conectado realmente, tanto com a gente quanto com o outro”, afirma Gustavo.
Casal conta que corrida os uniu
Reprodução/TV Globo
E agora, correm em trio. Durante uma prova de Ironman em Fortaleza, encontraram um cachorro que parecia ter nascido para correr. Batizado de Iron, o pet virou companheiro inseparável nas corridas.
“Ele já estava voltando quando os outros ainda estavam indo. Puxou aos pais”, brinca o casal.
Casal corre com cachorro
Reprodução/TV Globo
Veja a íntegra do programa no vídeo abaixo:
Globo Repórter – Brasil que Corre – 26/09/2025
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