
Sesa investiga contaminação entre funcionários de hospital
A Unimed Espírito Santo determinou a adoção imediata de protocolos de prevenção em suas unidades de pronto atendimento e hospitalares, após a confirmação de casos de contaminação entre profissionais do Hospital Santa Rita. A Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo (Sesa) investiga o caso e apura a origem da infecção que pode ser causada por bactéria ou fungo, e busca as causas prováveis, como falhas em sistemas de água ou ar-condicionado.
Entre as principais ações implementadas está a obrigatoriedade do uso de máscaras em todas as áreas assistenciais. Pacientes também estão incluídos no protocolo.
📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp
As orientações foram enviadas pela diretoria de Recursos Próprios da cooperativa a todas as equipes, nesta sexta-feira (24).
Comunicado
Máscaras do tipo N95
CDC/Pexels
Segundo o comunicado interno, enfermeiros que atuam na triagem devem utilizar máscara N95, luvas e capote, com troca dos equipamentos após o atendimento de pacientes suspeitos. Os demais colaboradores devem usar máscara cirúrgica comum durante todo o expediente.
MAIS SOBRE O CASO:
O que se sabe até agora sobre contaminação misteriosa
‘Muita falta de ar’, diz vítima
Contaminação pode ter começado em sistema de água ou ar-condicionado, diz secretário
Técnica de enfermagem entubada não responde ao tratamento: ‘pulmão não reage’, diz marido
Qualquer pessoa que apresente sintomas respiratórios ou gripais deve usar máscara cirúrgica assim que entrar nas unidades. Pacientes com vínculo com o Hospital Santa Rita e sintomas gripais precisam ser identificados logo na triagem e encaminhados diretamente para a sala de isolamento, evitando o contato com outros usuários e profissionais.
Esses casos deverão ser atendidos por equipes equipadas com máscara N95, capote e luvas, conforme recomendação preventiva.
A Unimed reforçou que as medidas têm caráter preventivo e de proteção à equipe e aos pacientes, e que o momento exige atenção redobrada.
“Até o momento, não há indícios de transmissão entre pessoas fora do ambiente hospitalar, e o agente causal ainda está sendo investigado”, informou a diretoria.
Provável contaminação ambiental
Bebedouros do Hospital Santa Rita, no ES, foram lacrados após contaminação de funcionários.
Reprodução/TV Gazeta
O caso se tornou público na sexta-feira (24), mas as internações dos profissionais de saúde afetados começaram mais de uma semana antes da divulgação, de acordo com a presidente do Sindienfermeiros, Valeska Fernandes.
“Os trabalhadores informaram que os casos começaram na semana passada e que a empresa procurou os trabalhadores essa semana para tranquilizar os funcionários”, falou.
Ainda não há confirmação oficial sobre a causa e origem da contaminação. A investigação praticamente descartou a contaminação por vírus, focando na possibilidade de infecção por bactéria ou fungo, de acordo com o secretário de Saúde.
As principais suspeitas recaem sobre o sistema de água ou o ar condicionado da unidade hospitalar, além da possibilidade de contaminação por contato com superfície.
Amostras de água, ar, roupas de cama e insumos hospitalares foram coletadas para análise laboratorial.
“Provavelmente é alguma causa ambiental, porque contaminou esses profissionais de saúde e não contaminou outros. Aí pode ser água, pode ser alguma superfície onde esses profissionais se alimentam, pode ser algum ar-condicionado de alguma sala que esses profissionais descansam, por exemplo”, disse o secretário de Saúde.
VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo
Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo