Após PEC da Blindagem, Lula quer PT contra redução de penas de Bolsonaro e outros condenados


Presidente Lula durante cerimônia no Planalto
Ricardo Stuckert/PR
Após decidir que o PT não deveria apoiar oficialmente a PEC da Blindagem, o presidente Lula quer o seu partido trabalhando contra a redução de penas para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os demais condenados na ação penal do golpe.
Ele não quer nem sua equipe nem o PT apoiando acordos a favor de pautas criticadas pela maioria da população, como a PEC da Blindagem.
A princípio, por exemplo, o PT iria apoiar a PEC da Blindagem em troca da derrota da urgência para o projeto da anistia. Lula vetou, depois de conversar com o ministro da Comunicação Social, Sidônio Palmeira, mesmo sabendo que em troca o Centrão ajudaria a aprovar a urgência da anistia.
PEC da Blindagem pode ser votada nesta semana
Agora, o governo corre o mesmo risco, mas não quer apoiar uma agenda impopular, rechaçada pela maioria da população. O governo sabe que, com isso, uma redução expressiva da pena de Bolsonaro pode ser aprovada, mas não contará com o apoio de petistas.
Nesta toada, Lula publicou nesse domingo (21), nas redes sociais, uma mensagem passando seu recado.
“Estou do lado do povo brasileiro. As manifestações de hoje demonstram que a população não quer a impunidade, nem a anistia. O Congresso Nacional deve se concentrar em medidas que tragam benefícios para o povo brasileiro”, escreveu.
O decano do STF, ministro Gilmar Mendes, também foi às redes sociais para destacar a importância dos atos de domingo.
“As manifestações de hoje [ontem] contra a anistia dos atos golpistas são a prova viva da força do povo brasileiro em defesa da democracia”, acrescentando que, “graças à atuação vigilante do STF e à mobilização da sociedade, o Brasil reafirma que não há espaço para rupturas ou retrocessos”.

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