O motorista do caminhão que interditou uma rodovia em São Paulo, semana passada, mudou de versão. Não houve assalto. Ele confessou que simulou tudo.
Tráfego interrompido nos dois sentidos. Um congestionamento a perder de vista. Setenta homens do esquadrão antibomba precisaram entrar em ação. Delegados, investigadores e um helicóptero procuravam pelos criminosos.
O motorista contou que foi sequestrado e torturado por três homens armados com fuzis e uma bomba, em fuga para outro estado. Parecia cinema, e era mesmo só uma história. Dener Laurito dos Santos, o motorista que parou São Paulo na semana passada, mentiu. Diante do delegado que conduz a investigação, o motorista caiu em contradição e confessou o crime. Disse que planejou tudo na noite anterior.
Naquela manhã, dirigiu por quilômetros até uma área de escape do Rodoanel, encontrou uma pedra, jogou contra o próprio para-brisa e depois criou um artefato falso de bomba com objetos que tinha dentro da carreta, como spray desodorante para os pés, um galão com água e papel alumínio. Depois, se amarrou e atravessou a carreta na pista.
Assalto falso no Rodoanel: motorista diz que planejou tudo na noite anterior, jogou pedra na carreta e criou suposta bomba com o que tinha no caminhão
Jornal Nacional/ Reprodução
Naquele momento, segundo a polícia, o caminhão já tinha sido bloqueado remotamente pela transportadora, porque o próprio motorista tinha feito contato antes. Agora, ele vai responder por falsa comunicação de crime.
“Para nós, os restos da de forma tranquila e não resta nenhuma dúvida de que ele praticou de forma totalmente livre e consciente”, diz o delegado Márcio Fruet.
O desmaio na descida da cabine é o único fato tido como verdade pela polícia. Segundo o depoimento, uma crise de estresse diante das consequências da própria armação.
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