Baltazar me chamou pelo nome quando entrei na padaria. Tínhamos nos encontrado pela última vez três décadas atrás, na antiga Casa de Detenção, o Carandiru. Estava mais corpulento, com o cabelo grisalho, sem nenhuma ruga no rosto negro e o mesmo sorriso aberto que o tornara popular entre os companheiros de infortúnio na cadeia. “Doutor, achei que nunca mais veria o senhor, em carne e osso.”
Leia mais (07/02/2025 – 20h11)