Ibaneis Rocha durante coletiva após evento em Washington, nos Estados Unidos.
TV Globo/Reprodução
Com a rejeição da compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), determinada pelo Banco Central na quarta-feira (3), o governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou que se for inviável, negociação deve parar.
“Se for inviável, nós vamos parar e vamos realmente trabalhar outras oportunidades para que o Banco de Brasília possa avançar e continue crescendo”, disse Ibaneis a jornalistas na saída de um evento em Washington, nesta segunda-feira (8).
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No entanto, Ibaneis, que participa do LIDE Brazil Development Fórum, nos Estados Unidos, afirmou que o GDF aguarda as razões do veto do Banco Central, que ainda não foram divulgadas.
“Então eu acho que quanto antes o Banco Central soltar isso, até para dar oportunidade para o BRB avaliar se vai avançar no negócio, se vai desistir e desistindo se outra instituição, seja privada ou pública, tem interesse em comprar esse capital”, disse o governador.
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Como a negociação interfere na política local?
Em março, o BRB divulgou a negociação da compra de 49% das ações ordinárias, 100% das ações preferenciais e 58% do capital total do Banco Master.
Em 14 de agosto, por exigência da Justiça, o Palácio do Buriti enviou um projeto de lei sobre a compra em regime de urgência à Câmara Legislativa.
O texto foi aprovado cinco dias depois e sancionado pelo governador em menos de 24 horas, no dia 20.
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A oposição no Legislativo questionou a “rapidez” da aprovação – e entrou com um mandado de segurança na Justiça do DF pedindo a suspensão da tramitação do texto.
O Banco de Brasília (BRB) é uma sociedade de economia mista, de capital aberto, e o acionista majoritário é o Governo do Distrito Federal (71,92%).
A instituição foi criada para ser um agente financeiro de captação de recursos para o desenvolvimento do DF.
Além disso, o BRB é o responsável:
por operacionalizar o pagamento de servidores distritais;
pelo pagamento das aposentadorias desses servidores;
por oferecer créditos e financiamentos locais;
por operacionalizar os programas e benefícios sociais do governo do DF.
“O agente financeiro do Tesouro do Distrito Federal e organismo fundamental de fomento, implementação e operacionalização de políticas públicas, projetos e programas do Distrito Federal, além de ações de desenvolvimento econômico, social e ambiental da região”, aponta a Lei Orgânica do DF.
O banco também é responsável por repassar ao Tesouro do Distrito Federal o dinheiro da arrecadação de impostos e atua na revitalização de pontos turísticos de Brasília.
De acordo com o BRB, a instituição reúne hoje 9,6 milhões de clientes – mais de três vezes o total da população do Distrito Federal.
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