Brasil deve colher maior safra de grãos da história, com 350 milhões de toneladas


Colheita do milho em propriedade rural
Aprosoja
A safra de grãos 2024/2025 no Brasil deve alcançar 350,9 milhões de toneladas, segundo previsão divulgada nesta quarta-feira (11) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Se confirmada, será a maior produção da história, com aumento de 16,4% em relação ao ciclo anterior.
O principal destaque é o milho, cuja produção estimada é de 139,7 milhões de toneladas — também um recorde. O crescimento é impulsionado por boas condições climáticas, uso de tecnologias no campo e aumento da produtividade nas principais regiões produtoras.
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“Aumentei e acertei. Veio num momento bom, porque a gente vinha de uma safra ruim. Este ano vamos ter lucro, que vai ajudar a pagar as contas passadas”, afirmou Leandro Dal’Ongaro, produtor rural de Bandeirantes (MS).
De acordo com a Conab, o desempenho positivo está diretamente ligado ao clima favorável e à maior eficiência das lavouras.
“Essa safra foi totalmente diferente. Tivemos chuvas em abril que salvaram muitas lavouras. Os produtores acertaram o tempo ideal de plantio”, explicou Gabriel Balta, engenheiro agrônomo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS).
A soja também deve atingir produção recorde: 171,4 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 13,3% em comparação ao ciclo anterior.
“Dois fatores são importantes: o uso crescente de tecnologia no campo e o aumento da área plantada. Além disso, o clima foi bastante generoso”, disse Danilton Flumignan, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Agropecuária Oeste.
A produção de arroz deve chegar a 12,8 milhões de toneladas, um aumento de 20,6% em relação à safra passada. Já o feijão deve registrar queda de 3,9%, com colheita estimada em cerca de 3 milhões de toneladas. Mesmo com a redução, a Conab afirma que o volume é suficiente para abastecer o mercado interno.
Impacto na economia local
A safra recorde também deve movimentar a economia em diversas regiões. Em Sidrolândia (MS), por exemplo, o produtor Artur Burgel dobrou a produtividade do milho.
“Antes colhíamos 50 sacas por hectare, agora são 100. Isso não impacta só o agricultor. Quando o colaborador tem uma renda melhor, ele também consome mais na cidade. Todo o comércio melhora”, afirmou.
Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:

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