Lançamento da segunda edição da coletânea e apresentação da banda bip, na última quarta
O projeto “Brasília inspira poesia” – ou “bip”, na sigla usada pelos organizadores – começa nesta quinta-feira (25) uma série de apresentações culturais em escolas públicas do Distrito Federal.
Na programação, alunos e professores poderão ter contato com textos da nova coletânea poética reunida pelo projeto – criado também por professoras da capital.
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O livro de poesias lançado neste mês reúne 45 poetas de 19 regiões do Distrito Federal e cidades do Entorno.
Os textos retratam momentos históricos e vivências na capital – e serão interpretados pelos próprios autores em saraus organizados em quatro escolas da rede pública do DF.
Lançamento da segunda edição do projeto Brasília Inspira Poesia (bip)
Luiza de Paula/g1 DF
A obra será distribuída:
para as escolas em que acontecem os saraus;
para bibliotecas públicas;
para universidades com o curso de Letras em todo o DF.
Além das leituras, os saraus promovidos pelo bip misturam poesia e apresentações artísticas, com música e versos que engrandecem e criticam a cidade.
Juntos, esses materiais oferecem aos estudantes diferentes perspectivas e histórias sobre a capital federal.
O projeto, criado em 2018, é financiado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC), em parceria com a Secretaria de Cultura do DF, e conta com uma programação de apresentações artísticas e saraus.
Com ilustrações da artista plástica Carli Ayô, a coletânea parte do mapeamento dos “territórios não hegemônicos da literatura no DF e Entorno”.
Literatura do DF e para o DF
Como idealizadora do bip, a professora de português Dani Gauche afirma que o projeto é uma forma de deixar a literatura mais acessível e real.
A ideia é propor que os alunos e leitores do DF se sintam representados ao identificar, nas histórias, lugares e situações que eles já conhecem “para além da Brasília do Plano Piloto”.
“Como eu trabalhava com leitura o tempo todo, senti muita falta de livros nos quais meus alunos pudessem se reconhecer. Parecia que estava muito distante da realidade deles. Então, eu comecei a procurar a literatura do Distrito Federal, mas tive muita dificuldade de encontrar na época”, afirmou.
Em 2013, Dani começou a trabalhar em um projeto de leitura e percebeu a necessidade de envolver autores de Brasília.
A ideia amadureceu ao longo dos anos. Em 2018, surgiu a primeira edição do bip. Além de Dani, coordenam o projeto as professoras Cristiane Portela e Bruna Lucena e o poeta Carlos Augusto Cacá.
Estruturada em três eixos – “O Avião e as Quebradas”, “Quadrilátero” e “Territórios Ancestrais” –, a segunda coletânea convida o leitor a percorrer espaços fundamentais da história da capital que, embora marginalizados desde sua fundação, abrigam grande parte da população e dão forma ao espectro cultural da cidade.
“A gente traz um pouco da história de Brasília no período da construção. Até os dias atuais de uma cidade ainda em construção. É uma cidade transbordante. No sentido do cheio, do que ultrapassa os limites, daquilo que cresce fora de um planejamento e com isso traz mazelas”, disse a professora.
O projeto seguirá atuante na capital, com novas propostas e um próximo livro.
Os saraus têm classificação livre e entrada gratuita.
Confira a programação:
Quinta-feira (25) – CED 02 do Cruzeiro às 10h
Sexta-feira (26) – CEM JK (Candangolândia) às 11h
Quarta-feira (8 de outubro) – CEF 01 do Planalto (Vila Planalto) às 16h e CEMUB (Núcleo Bandeirante) às 20h
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