Caratateua Viva!: roteiro reúne 12 experiências para sentir a cultura viva da Amazônia em Outeiro, ilha de Belém


Outeiro, ilha de Belém localizada a 40 minutos do centro da capital
Caratateua Viva!
A maré sobe, o tambor chama e o cheiro do café de cuia anuncia a recepção. Assim começa o Caratateua Viva!, roteiro inédito de turismo comunitário criado pelos moradores da Ilha de Outeiro. A poucos minutos do centro de Belém, a experiência convida o visitante a mergulhar na Amazônia urbana por dentro — entre rodas de carimbó, sabores de quintal, religiosidade cabocla, arte e histórias que moldam o território.
Você chega e tudo já pulsa: o Regional Jurupari puxa o compasso, o Grupo Tucuxi chama pra roda e a vizinhança recebe como quem abre as portas de casa. “O carimbó é mais que espetáculo, é identidade, memória e resistência. Ele educa, une e dá sentido à vida comunitária”, diz Fábio Cardoso, do Tucuxi e Regional Jurupari.
Travessias por igarapés e caminhada por açaizeiros
Divulgação
O dia segue em vivências guiadas por quem vive a ilha: na Cerâmica São João, Mestre João mostra o barro que vira lembrança; no Atelier Cerâmico, Mestra Sinéia apresenta as argilas coloridas e você modela uma peça, sentindo a tradição nas mãos. A conversa continua na Casa de Mariana (Mãe Sandra), onde ancestralidade e religiosidade afro-amazônica se entrelaçam ao cotidiano. No Chalé Sítio de Maré, a agrofloresta é o quintal: colher o açaí, debulhar, provar — e almoçar peixe frito com açaí ao som do regional, com feira de produtores da ilha.
Roda de carimbó integra roteiro turístico de base comunitária em Outeiro
Caratateua Viva!
À tarde, a Biblioteca Tralhoto e o Boi Misterioso abrem o imaginário: Don Perna (Casa Preta) apresenta uma coleção de tambores e Mestre Apollo puxa o boi. O encerramento é de arrepiar: os Pássaros Juninos tomam a cena na Associação Cultural Colibri, com figurinos, histórias, memória coletiva. “No pássaro precisamos de, no mínimo, 35 brincantes. A brincadeira envolve crianças, jovens, adultos e idosos — é a comunidade inteira no palco”, diz a professora Inaiá Paes.
Roteiro leva visitantes a ceramisstas tardicionais da região: artesanato feito com barro da floresta
Divulgação
Conheça os 12 destinos do roteiro
Grupo Parafolclórico Tucuxi e Regional Jurupari — oficinas e apresentações (carimbó, xote, lundu).
Casa de Mariana (Mãe Sandra) — terreiro de fé e acolhimento.
Cerâmica São João (Mestre João) — tradição oleira de Caratateua.
Atelier Cerâmico (Mestra Sinéia) — cerâmica amazônica com argilas da ilha.
Chalé Sítio de Maré (Rose e Elivaldo) — vivência agroecológica e gastronômica.
Terreiro Inzo Mukongo (Tatetu Kalité) — tradição bantu angola e formação cultural.
Biblioteca Tralhoto e Boi Misterioso — leitura, boi-bumbá e oficinas.
Casa Preta (Don Perna) — quilombo urbano de arte negra e tecnologias livres.
Monturo do Urubu (Cordão do Urubu) — quintal de resistência cultural.
Cordão de Pássaro Tem-Tem (Profª Inaiá Paes) — lendas amazônicas em cena.
Associação Cultural Colibri (Mestra Laurene) — cordão histórico da região.
Cerâmica Reis (Luiz Gonzaga) — peças utilitárias e esculturas em barro.
Serviço:
Local: Ilha de Caratateua (Outeiro), Belém–PA
Duração: 1 dia (cerca de 7 horas de vivências)
Grupos: até 15 pessoas
Inclui: transporte interno do roteiro e café da manhã
Almoço comunitário: servido no Sítio de Maré (valores acessíveis)
Agendamento: solicitar diretamente aos organizadores do Caratateua Viva! pelos canais oficiais do projeto (@caratateuaviva) . As vagas são limitadas e o roteiro é operado conforme condições de maré.
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