Carro usado por suspeitos de matar policial civil em Niterói foi filmado um dia antes perto do local do crime


Vídeo mostra momento em que policial civil é morto, em Niterói
O carro preto usado pelos suspeitos pela morte do policial civil Carlos José Queiroz Viana, de 59 anos, foi flagrado circulando na tarde de domingo (5) nas proximidades do local do crime, em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói. O monitoramento foi feito pelo Centro Integrado de Segurança Pública da cidade.
Os investigadores querem saber quem estava envolvido no monitoramento da vítima e como eles planejaram o assassinato de Carlos José.
Carlos, que era lotado na Delegacia de Madureira, foi morto por volta das 7h da manhã desta segunda-feira (6), enquanto amarrava uma sacola de lixo em frente ao portão de casa, na Rua Correa de Araújo.
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Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que um carro branco se aproxima e, da janela do carona, um dos criminosos dispara. Ao menos doze tiros foram ouvidos.
“Nós ouvimos muitos tiros e procuramos saber o que tinha acontecido. Quando soubemos que Queiroz tinha sido executado na frente da casa dele, foi um choque”, relatou o morador Rachid Miguel.
Fuga monitorada
Após o crime, os criminosos fugiram em direção à Baixada Fluminense. O carro branco usado na execução foi identificado por câmeras do Centro Integrado de Segurança Pública de Niterói e, em seguida, foram monitorados até Duque de Caxias.
O veículo, que era roubado, foi encontrado incendiado em um terreno baldio em Xerém. Próximo ao local, os policiais prenderam três suspeitos. Dois deles são cabos da Polícia Militar:
Mayck Junior Pfister Pedro;
Fábio de Oliveira Ramos, do 3º BPM (Méier);
e Felipe Ramos Noronha, do 15º BPM (Duque de Caxias).
Com eles, foram apreendidas armas com calibres compatíveis com os usados no crime, além de placas de veículos roubados. Os três ficaram em silêncio na delegacia. As defesas dos acusados não foram localizadas.
Fabio de Oliveira Ramos, Felipe Ramos Noronha e Mayck Junior Pfister Pedro
Reprodução
Investigação aponta crime premeditado
A Polícia Civil acredita que os criminosos acompanharam a rotina da vítima nos dias anteriores ao assassinato.
“Tudo leva a crer, pela forma de preparação, pelo jeito que atacaram a vítima, pelo armamento utilizado. Uma série de fatores que levam a concluir, ainda que inicialmente, que se trata de uma organização criminosa voltada, entre outros crimes, à prática de homicídios”, afirmou o delegado Willians Batista.
Ele também levantou a hipótese do envolvimento dos criminosos com contravenção.
“A gente não consegue excluir nenhuma possibilidade ainda. Pela região de Caxias, há elementos que nos levam a suspeitar da participação da máfia do cigarro ou de ambas as coisas”, comentou.
Policial civil é morto a tiros em Niterói, na Região Metropolitana do Rio
Reprodução/ TV Globo
A Corregedoria da Polícia Militar acompanha o caso e informou que os PMs presos também responderão a processo administrativo disciplinar, que pode resultar na exclusão deles da corporação.

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