Casal sobrevive a naufrágio após ficar sete horas à deriva e remar 6 km no RJ: ‘A gente viu a morte de frente’


Casal sobrevive a naufrágio após ficar sete horas à deriva e remar 6 km no RJ
Um casal sobreviveu a um naufrágio durante um passeio de lancha que partiu de Guarujá, no litoral de São Paulo, com destino a Angra dos Reis (RJ). Ao g1, a mulher contou que, após a embarcação afundar, ela e o marido ficaram à deriva no mar por cerca de sete horas até conseguirem usar um bote salva-vidas e remar até uma praia, onde foram resgatados em Paraty (RJ).
O naufrágio aconteceu nas proximidades da Ponta da Joatinga, por volta das 18h30 de quinta-feira (2). O casal remou por aproximadamente seis quilômetros, chegando à comunidade do Pouso da Cajaíba, em Paraty, na madrugada de sexta-feira (3).
As vítimas foram resgatadas pela Marinha do Brasil (MB) e encaminhadas via Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital Municipal Hugo Miranda, onde receberam atendimento e foram liberadas no mesmo dia. Segundo a MB, um inquérito administrativo foi instaurado para apurar as causas do naufrágio.
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Relato dos sobreviventes
Ao g1, a moradora de Santos, que preferiu não se identificar, contou que primeiro percebeu a caixa de máquinas alagada e, em seguida, o motor da lancha parou de funcionar. O casal permaneceu à deriva na embarcação por algumas horas, até que ela começou a afundar.
“A gente viu a morte de frente”, desabafou a sobrevivente.
Diante do risco, o casal utilizou o bote salva-vidas e viu a lancha afundar totalmente cerca de 20 minutos depois. Segundo o relato, eles remaram por aproximadamente seis quilômetros até chegarem a terra firme, encontrando abrigo por volta das 2h30 de sexta-feira (3), em uma pousada na comunidade.
“Pedimos ajuda e batemos em várias portas, até que, às 3h da manhã, duas moças abriram a pousada e nos acolheram, oferecendo abrigo e cuidado”, destacou a mulher.
Horas depois, foram resgatados e levados ao hospital. “A gente se salvou por um milagre […] Se não fossem anos de experiência no mar, e principalmente a presença de Deus, não seria possível sobreviver, considerando que o local do naufrágio tinha profundidade de 30 metros”, concluiu ela.
Casal foi resgatado após ficar horas à deriva no mar em bote
Natália Mantovani Avante e Arquivo pessoal
Marinha
Em nota, a Marinha do Brasil (MB) informou que a Agência da Capitania dos Portos em Paraty (AgParaty) tomou conhecimento, por volta das 21h de quinta-feira (2), do naufrágio da embarcação “O Filet” nas proximidades da Ponta da Joatinga.
“Uma equipe de Inspeção Naval da AgParaty foi acionada para realizar as buscas, tendo encontrado os sobreviventes na Praia do Pouso da Cajaíba, em Paraty-RJ. As buscas contaram com apoio da Delegacia da Capitania dos Portos de Angra dos Reis, do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro, da Prefeitura Municipal de Paraty e da Comunidade marítima da região”, descreveu a corporação.
A corporação pontuou que a AgParaty certificou que não há riscos à segurança da navegação e que não houve poluição hídrica.
Por fim, a Marinha disse que um inquérito administrativo foi instaurado para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades da ocorrência. “A Marinha incentiva a participação da sociedade, que pode ser feita pelos telefones 185 (emergências marítimas e pedidos de auxílio) e (24) 98123-6056 (Agência da Capitania dos Portos em Paraty) para outros assuntos e denúncias”.

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