Jovem morre após namorado sem habilitação bater carro em poste durante discussão no RS
O caso da jovem de 19 anos que morreu após o namorado bater o carro contra um poste em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, é investigado pela Polícia Civil como homicídio culposo (quando não há intenção de matar), informou ao g1 a delegada Luana Medeiros.
A vítima foi identificada como Emilly Ariane Camargo Arreal, que estava no carona. Ela foi sepultada na terça-feira (23), em Sapucaia do Sul.
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O veículo era conduzido pelo namorado, que, segundo a Brigada Militar (BM), não tem Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Ele chegou a ser levado até uma delegacia, onde relatou que o acidente aconteceu em meio a um desentendimento do casal e que teria perdido o controle do veículo em uma curva.
O motorista foi liberado após prestar depoimento. No entendimento da polícia, não houve motivos para prisão em flagrante. Ele não teve o nome divulgado.
“Pelo que verifiquei, o suspeito tentou salvar e pediu ajuda à vítima, cooperou com as autoridades policiais, prestou depoimento na delegacia de polícia e não estava com nenhum sinal de embriaguez. Nesses casos, não caberia o flagrante”, explica a delegada.
Novo interrogatório e próximos passos
Conforme a investigadora, o jovem de 21 anos passou por novo interrogatório na manhã desta quarta-feira (24) após comparecer espontaneamente na delegacia. O conteúdo da fala não foi informado, em razão do sigilo do inquérito.
A Polícia Civil está ouvindo testemunhas e analisando telefones celulares. O resultado das perícias ainda é aguardado para avanço das investigações.
Vítima queria ser médica e adorava carros
O velório de Emily foi realizado na terça-feira (23), com homenagens marcadas por barulho e emoção, como ela gostava. Segundo relatos dos conhecidos da vítima, Emilly era uma mulher cheia de planos:
“Ela queria ser médica, voltar a modelar, formar uma família, ser mãe… Era cheia de vida”, lembra a amiga Grasiele Safone.
“Era só alguém comentar sobre o assunto que ela já estava no meio, animada, falando com amor e com um brilho no olhar”, conta Grasiele.
Evelyn Bittencourt, prima da jovem, reforça: “Ela amava a vida sobre rodas e velocidade”, diz. No velório, conta que houve uma homenagem especial: “Teve muito barulho, porque é isso que ela amava”, relata.
Além da adrenalina, Emilly também era lembrada pelo jeito brincalhão e pela presença marcante.
“Onde ela passava, encantava. Não tinha como ser diferente: o jeitinho brincalhona, o brilho no olhar, a alma cheia de alegria… Emilly era única”, afirma Grasiele.
Emilly Ariane Camargo Arreal, 19 anos, morreu em acidente em Gravataí
Arquivo Pessoal
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