
Vereador Bigodini
Reprodução/EPTV
O Conselho de Ética da Câmara de Ribeirão Preto (SP) definiu nesta quinta-feira (30) que vai notificar uma clínica a entregar prontuários e relatórios médicos sobre o vereador Roger Ronan da Silva, o Bigodini (MDB).
Bigodni é alvo de um processo de cassação por quebra de decoro devido à suspeita de fraude processual em um acidente de trânsito no fim de setembro. Segundo a Polícia Civil, ele teria tentado colocar a namorada como motorista para não ser autuado por embriaguez ao volante.
Em meio às investigações, tanto na Câmara quanto na polícia, o vereador ficou cerca de um mês afastado das funções e para isso apresentou atestados médicos que mencionavam quadro de ansiedade generalizada. Ele anunciou o retorno às atividades nesta quinta-feira, depois da ausência em dez sessões no Legislativo (veja vídeo abaixo).
Bigodini diz ter voltado ao trabalho após 30 dias afastado da Câmara de Ribeirão Preto
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Em recente nota divulgada à imprensa, Bigodini disse que estava passando por um momento de cuidado com a saúde, em acompanhamento médico e psicológico, conforme o atestado apresentado à Câmara. No comunicado, também explicou que o atendimento estava sendo feito em uma clínica multiprofissional, que contempla, entre outros pacientes, aqueles que têm transtorno de ansiedade.
Aprovado no começo de outubro, o Conselho de Ética chegou à terceira reunião nesta quinta-feira e inicialmente tem 90 dias para apresentação do relatório, mas o prazo pode ser prorrogado.
Acidente de trânsito e fraude processual
Na madrugada de 28 de setembro, O carro em que o vereador estava com a namorada, Isabela de Cássia, atingiu uma árvore na Avenida do Café e versões conflitantes nos registros da Polícia Civil e da Polícia Militar levantaram a suspeita de fraude processual.
Bigodini alegou que era a namorada, que não tinha carteira de habilitação, quem estava na direção do veículo. Mas um vídeo que circulou nas redes sociais mostra o parlamentar no banco do motorista logo após a batida.
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Durante o atendimento da ocorrência, nenhum dos dois se submeteu ao teste do bafômetro embora as autoridades tenham notado que o vereador tinha sinais de embriaguez.
No encerramento do inquérito, a Polícia Civil concluiu que Bigodini mentiu e que era ele quem dirigia o veículo. Na investigação, as autoridades também apontaram que ele dirigia embriagado, inclusive em alta velocidade por diferentes ruas da cidade.
Com isso, ele foi indiciado por embriaguez ao volante, falsidade ideológica e fraude processual.
Já a namorada, Isabela de Cássia de Andrade Faria, foi indiciada por falsidade ideológica, fraude processual e autoacusação falsa.
Imagem mostra Bigodini dirigindo carro, segundo Polícia Civil
Divulgação/Polícia Civil
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