De Divinópolis a Aparecida: ciclistas percorrem mais de 300 km movidos pela fé em Nossa Senhora


Marcos Vinícius, policial militar de Divinópolis, percorreu mais de 300 km de bicicleta até Aparecida (SP) para agradecer e renovar a fé em Nossa Senhora
Arquivo Pessoal
No dia dedicado à Padroeira do Brasil, o g1 apresenta duas histórias de fé, emoção e superação. Todos os anos, peregrinos de várias partes do país seguem rumo a Aparecida (SP) em romarias, carreatas e caminhadas. Entre eles, dois fiéis de Divinópolis escolheram um caminho diferente: o da bicicleta.
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Marcos Vinícius e Ulisses Dias Rocha compartilham o mesmo destino e a mesma motivação: agradecer pelas bênçãos recebidas e renovar a fé ao longo de mais de 300 quilômetros de pedal.
“Neste 12 de outubro, temos a certeza de que a devoção à Mãe Aparecida é, acima de tudo, um convite à esperança, à persistência e à renovação da fé. Deus está nos detalhes. Quando entregamos nossa vida a Ele com fé, até o impossível pode acontecer”, ressaltou UIisses.
“Uma das melhores experiências da minha vida”
Chegar à Basílica Nacional, segundo Marcos, é o momento mais indescritível
Marcos Vinícius/Arquivo Pessoal
Devoto desde jovem, o policial militar Marcos Vinícius fez sua primeira peregrinação em 2022, inspirado por amigos e por relatos de quem já havia feito o Caminho da Fé. Desde então, ele já percorreu o trajeto quatro vezes, sempre de bicicleta.
“Escolhi a bicicleta por gostar do esporte e por poder, dessa forma, agradecer por todas as bênçãos, graças e proteção divina recebidas, não só por mim, mas também por pessoas que amo”, contou.
A jornada, porém, não é simples. Marcos recorda as chuvas, o frio e as temperaturas negativas enfrentadas na Serra da Luminosa e em Campos do Jordão — momentos em que precisou vencer o medo de não conseguir concluir o caminho.
“Tive medo de não conseguir cumprir o percurso. Mas senti a presença de Deus e de Nossa Senhora me fortalecendo o tempo todo”, relembrou.
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Durante os quatro dias de pedal, Marcos percorre cerca de 80 quilômetros por dia e diz que, a cada trecho, a fé se renova.
“Você sente a presença de Deus e de Nossa Senhora nas paisagens, nas capelas, nas pessoas e nas histórias de milagres que se cruzam com a gente”, relatou.
Entre os pontos que mais o marcaram estão os que lembram o milagre da menina que nasceu cega e voltou a enxergar e o caso recente da peregrina Luciana, curada durante o percurso.
“Durante toda a peregrinação você sente a presença de Deus e de Nossa Senhora de diversas formas: nas dificuldades, nas orações, nas pessoas abençoadas que seguem o mesmo caminho, nas paisagens e nas mensagens das placas ao longo do trajeto. E há locais que relembram milagres, como o da menina que nasceu cega e voltou a enxergar (km 35), ou o da cura da peregrina Luciana (km 100)”, contou.
Chegar ao Santuário Nacional de Aparecida, segundo ele, é o momento mais indescritível.
“Foi uma das melhores experiências que já vivi. Mal conseguia falar de tanta emoção. A peregrinação representa estar mais próximo de Deus e reconhecer que, sem Ele, nada somos”, afirmou.
“Já fiz sete vezes e quero continuar enquanto puder”
Para Marcos, a cada pedalada, a fé se transforma em movimento, e o cansaço dá lugar à gratidão.
Ulisses Dias Rocha/Arquivo Pessoal
O vendedor Ulisses Dias Rocha também encontrou na bicicleta uma forma de expressão da fé. Apaixonado pelo ciclismo desde os 14 anos, ele já fez o Caminho da Fé sete vezes.
“O interesse surgiu depois de ver vídeos do percurso. Resolvi tentar e, na primeira vez, foi uma loucura: fiz em apenas três dias”, contou rindo.
Cada nova peregrinação, segundo Ulisses, é uma experiência única. Mesmo nos trechos mais longos e solitários, ele garante que nunca pensou em desistir.
“Se eu falar que não sinto solidão, as pessoas podem achar que é mentira. Mas a presença de Deus e de Nossa Senhora é sentida o tempo todo. A energia do caminho é fantástica”, destacou.
Com trajetos entre 330 e 350 quilômetros, Ulisses já completou a jornada em três, quatro e cinco dias — e quer continuar.
“Quero seguir fazendo enquanto tiver condições. Cada vez é uma emoção diferente e uma fé renovada”, finalizou.
Mesmo nos trechos mais longos e solitários, Ulisses garante que nunca pensou em desistir
Ulisses Dias Rocha/Arquivo Pessoal
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