Desaparecimento de jovem em viagem entre PA e AP completa 28 dias
Após 28 dias do desaparecimento de Camile Vitória, de 23 anos, a família segue angustiada e pede que a população ajude a encontrar uma resposta para o sumiço da jovem, que seguia da Ilha de Chaves (PA) para o Amapá. A irmã de Camile foi buscar a jovem por volta das 5h da manhã da segunda-feira (20) no píer do Santa Inês, mas ao chegar ao local não a encontrou.
Ainda segundo a família, Camile estava há cerca de um mês na Ilha, onde a mãe mora. Ela estava a caminho de Macapá para realizar tratamento psicológico.
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Audrey Ariadne, prima da jovem, explica que, em razão dos problemas psicológicos, a família chegou a pensar na possibilidade de Camile ter tentado se jogar no rio Amazonas durante o trajeto, mas a suspeita foi descartada ao analisar as imagens de câmeras de segurança de estabelecimentos próximos do píer.
As gravações foram coletadas pela Polícia Civil para análise. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) é a responsável pelas investigações.
“Ela tem família, ela não foi abandonada. A Camile veio para receber tratamento médico. A nossa maior angústia é essa: as respostas. Perguntas nós temos inúmeras, mas respostas a gente ainda está muito escasso. A maior delas a gente tem certeza, a Camile chegou viva na Rampa do Santa Inês”, disse Audrey.
Camile Vitória desapareceu no dia 20 de outubro
Audrey Ariadne/Arquivo pessoal
A família acredita que, pela vulnerabilidade emocional da jovem, alguém pode ter se aproveitado e a levado embora.
“A gente pede às pessoas que estiveram nesse barco que procurem as autoridades. O anonimato é garantido, mas nós precisamos de informações concretas, pois estávamos na dependência das imagens para saber se ela chegou, mas agora precisamos que quem estava lá naquela madrugada nos conte o que viu. Se ela estava perto de alguém, conversava com alguém. Queremos respostas”, relatou.
Audrey Ariadne e Camile Vitória
Audrey Ariadne/Arquivo pessoal
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A tia de Camile, Elza Gonçalves, descreve a sobrinha como calma e estudiosa, o que faz com que o passar dos dias seja ainda mais angustiante. A família chegou a receber relatos de pessoas que diziam ter visto alguém parecido com a jovem, mas quando a polícia chegou ao local mencionado, não era Camile.
“Mas 28 dias sem nenhuma resposta, é muito difícil, é a dor da incerteza. Todos os dias quando a gente acorda, a gente tem esperança de que naquele dia vamos ter notícias, e quando chega seis horas da tarde a gente vai dormir sem saber de nada, mas um dia sem respostas, é muito difícil”, disse Elza, emocionada.
A polícia já ouviu testemunhas que estavam no barco durante a viagem, mas nenhuma soube informar o paradeiro da jovem.
Agora, as diligências seguem para identificar outras câmeras na região que possam traçar um possível caminho feito por Camile.
Em caso de informações, a população pode entrar em contato com o número: (96) 99170-4302.
Barcos atracam no Píer do Santa Inês, em Macapá
Mariana Ferreira/g1
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