Descarrilamento mantém Linha 4-Amarela em operação parcial, em via única, pelo 3º dia; velocidade dos trens foi normalizada


Estação Vila Sônia, da Linha 4-Amarela
Divulgação/ViaQuatro
Pelo terceiro dia consecutivo, a Linha 4-Amarela continua operando parcialmente em via única na manhã desta quinta-feira (11), em razão do descarrilamento que aconteceu no início da semana.
Segundo a concessionária ViaQuatro, a exemplo de quarta (10), a operação permanece parcialmente comprometida no trecho entre as estações Vila Sônia e São Paulo-Morumbi.
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A empresa afirmou eu não há mais redução de velocidade a partir desta manhã e os intervalos regulares para o horário neste início de operação.
“Nos horários de pico, os intervalos entre os trens no trecho Vila Sônia – Profª Elisabeth Tenreiro e São Paulo-Morumbi ficarão em aproximadamente 5 minutos e, no restante da linha, entre São Paulo – Morumbi e Luz, intervalos de aproximadamente 2 minutos e meio”, disse.
Apesar disso, para diminuir o impacto aos clientes durante o horário de pico de passageiros, a empresa afirma que ônibus da operação PAESE continuam apoiando no deslocamento entre Taboão da Serra e a estação São Paulo-Morumbi.
O serviço tem parada na estação Vila Sônia, assim como o serviço de ônibus da concessionária, que atende o trecho entre o Terminal Vila Sônia e Taboão da Serra, permanece estendido até a Estação São Paulo-Morumbi.
“As equipes de manutenção continuam 100% dedicadas em restabelecer a operação nas duas vias o mais breve possível, assim como o time de atendimento segue à disposição para orientar e auxiliar os clientes no que for necessário”, afirmou a ViaQuatro.
Linha 4-Amarela opera nesta quarta com lentidão e em via única no trecho onde ocorreu descarrilamento de trem
A empresa diz que lamenta os transtornos e recomenda que, durante o período de reparo da linha e dos equipamentos, “os clientes antecipem sua saída, considerando um maior tempo de viagem entre São Paulo-Morumbi e Vila Sônia – Profª Elisabeth Tenreiro.”
Durante o descarrilamento, um equipamento de sinalização de via foi danificado. O dispositivo precisará ser substituído e, como vem da França, não há previsão para que o reparo seja concluído.
Por este motivo, a circulação dos trens segue ainda sem prazo para normalização total, afirma a empresa.
Descarrilamento
O acidente ocorreu às 9h59 na terça, logo após o trem deixar a Estação Vila Sônia, na Zona Oeste de São Paulo, em direção à Luz, no Centro. O último carro da composição saiu dos trilhos e a estrutura do veículo chegou a partir ao meio.
O trem envolvido no incidente já foi removido, mas agora é preciso fazer o reparo do trecho de linha onde houve o acidente com a locomotiva. A ViaQuatro afirmou que recolocou o trem que descarrilou no trilho às 18h39, cerca de 9 horas depois do descarrilamento.
Operação na Linha 4-Amarela na manhã desta quarta-feira (10) tem filas enormes no acesso às estações, após descarrilamento de trem na manhã de terça (9).
Hermínio Bernardo/TV Globo
Durante o acidente, três passageiros precisaram de atendimento médico no local após terem crise nervosa, mas ninguém foi encaminhado ao hospital, segundo a ViaQuatro.
Logo após o descarrilamento, a estação Vila Sônia foi esvaziada, e até mesmo os funcionários dos quiosques tiveram que deixar o local.
Operação na Linha 4-Amarela na manhã desta quarta-feira (10) tem filas enormes no acesso às estações, após descarrilamento de trem na terça (9).
Hermínio Bernardo/TV Globo
Trem com passageiros da Linha 4-Amarela descarrila e parte ao meio
Reprodução
Arte mostra onde ocorreu descarrilamento
Arte/g1
1º descarrilamento da história
O descarrilamento do trem ocorrido na terça foi o primeiro na história da Linha 4-Amarela, que teve a operação comercial iniciada há mais de 15 anos, em junho de 2010. A Concessionária ViaQuatro obteve a concessão da linha pelo período de 30 anos.
Em 2025, houve outros três descarrilamentos de trens nas linhas da Grande São Paulo, todos na CPTM, segundo levantamento da TV Globo:
25 de agosto: descarrilamento entre as estações Luz e Palmeiras Barra-Funda, da Linha 7-Rubi;
27 de junho: descarrilamento entre as estações Luz e Brás, da Linha 11-Coral;
29 de janeiro: descarrilamento no Pátio Roosevelt, na região do Brás.
Vídeos feitos por passageiros mostram o desespero e a tensão vividos dentro do túnel após o ocorrido na terça. Nas gravações, é possível ouvir a angústia de quem não sabia como agir.
Um segurança apareceu perguntando se havia feridos e pediu que todos permanecessem sentados. Em meio ao medo, um funcionário tenta tranquilizar as pessoas: “não vem nenhum trem”.
Pouco depois, os passageiros foram orientados a desembarcar e caminhar pelos trilhos no escuro até retornarem à estação Vila Sônia. Algumas pessoas demonstraram medo de sair da composição.
Problema na estação Vila Sônia da Linha 4-Amarela do Metrô afeta a circulação de trens.
Reprodução

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