Cenipa e FAB finalizam retirada de avião que caiu e matou 4 pessoas no Pantanal
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e as Forças Aéreas Brasileira (FAB) finalizaram a remoção dos destroços do avião que caiu no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Na queda, quatro pessoas morreram, entre as vítimas está o arquiteto chinês Kongjian Yu. Veja o vídeo acima.
Além de Yu, morreram na tragédia o piloto Marcelo Pereira de Barros e os cineastas Luiz Fernando Ferraz e Rubens Crispim Jr. Nesta sexta-feira (26), os corpos foram levados ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol), em Campo Grande, para realização de exames complementares.
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Com o uso de um trator e um reboque, os destroços da aeronave foram retirados do local da queda e levados até a sede da fazenda. A previsão é de que os destroços sejam transportados ainda nesta sexta-feira para outro local, onde devem passar por uma nova etapa de análise.
A Polícia Civil investiga duas hipóteses: voo fora do horário permitido e transporte remunerado (táxi-aéreo). Nem a pista, nem a aeronave tinham autorização para voos noturnos. A tentativa de pouso ocorreu por volta das 18h10, já no escuro, segundo a polícia.
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Queda de avião
O avião não possuía caixa preta, o que dificulta a investigação sobre as causas do acidente, segundo a delegada Ana Cláudia Medina, do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil (Dracco).
O avião era um Cessna 175, fabricado em 1958, modelo que não dispõe de caixa preta. Conforme a Força Aérea Brasileira, esse tipo de equipamento só passou a ser adotado nos Estados Unidos a partir de 1960. Nenhuma aeronave desse modelo fabricada entre 1958 e 1962 vinha equipado com caixa preta.
Segundo a Força Aérea Brasileira, esse tipo de equipamento só passou a ser adotado nos Estados Unidos a partir de 1960, inicialmente em aeronaves comerciais maiores. Nenhum modelo original do Cessna 175 tinha obrigação legal de ser fabricado com caixa preta nesse período.
A ausência da caixa preta dificulta a apuração das causas do acidente porque esse equipamento registra dados cruciais do voo, como velocidade, altitude, posição da aeronave e funcionamento dos sistemas. Também grava as conversas entre os tripulantes na cabine. Essas informações costumam ser decisivas para entender o que ocorreu nos momentos que antecederam a queda.
Registrado sob a matrícula PT-BAN, o avião era de pequeno porte e autorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) a operar apenas sob regras visuais e durante o dia. O modelo não possui instrumentos adequados para voos noturnos ou em condições meteorológicas adversas, exigindo que o piloto mantenha referência visual com o horizonte e o solo.
Infográfico – queda de avião mata 4 pessoas em MS
Arte/g1
Destroços do avião que caiu no Pantanal são retirados.
Edmar Melo/TV Morena
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