Indiciados são apontados pela polícia como responsáveis por uma tentativa de expansão territorial de uma organização criminosa na região, especialmente em Petrópolis, a partir do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio.
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O Disque Denúncia divulgou neste sábado (4) um cartaz para ajudar nas investigações da 106ª Delegacia de Polícia (Itaipava), na Região Serrana do Rio, e identificar o paradeiro de quatro acusados de envolvimento com o tráfico de drogas em uma facção criminosa. Eles são apontados pela polícia como responsáveis por uma tentativa de expansão territorial de uma organização criminosa na região, especialmente em Petrópolis, a partir do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio.
Os procurados são Wando da Silva Costa, o Macumbinha, de 35 anos, apontado pela polícia como chefe do Comando Vermelho (CV) na Região Serrana; Luís Felipe Alves de Azevedo, também de 35 anos, apontado como braço direito de Wando; Paulo Victor Pinho Alves, conhecido como Noia, de 30; e Guilherme Augusto Martins de Oliveira, o Guilherme Escorrega, de 40. Todos são foragidos da Justiça.
Na última quinta-feira (2), a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagraram a segunda fase da Operação Asfixia, considerada a maior já realizada contra o tráfico de drogas na Região Serrana. A ação foi conduzida pela 106ª DP (Itaipava) e pela Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), com apoio do Gaeco, grupo especializado no combate ao crime organizado.
Durante a operação, 18 mandados de prisão foram cumpridos contra integrantes da facção. Ao todo, 55 pessoas foram identificadas como participantes do esquema. Segundo as investigações, Wando e seus comparsas comandavam o transporte de armas e drogas da Maré para Petrópolis, onde o material era distribuído em comunidades de Itaipava, sob o controle de gerentes locais.
De acordo com os agentes, o grupo também exercia controle territorial violento, impondo regras rígidas e punindo moradores que se opunham à atuação do tráfico.
Entre os presos está Robson Esteves de Oliveira, que ocupava o cargo de assessor especial da Secretaria de Serviços, Ordem e Segurança Pública da Prefeitura de Petrópolis. Ele é suspeito de atuar como facilitador logístico do grupo, fornecendo informações e apoio institucional.
Outro preso foi o sargento Bruno da Cruz Rosa, do 20º BPM (Mesquita). De acordo com o MPRJ, ele repassava informações sobre operações policiais e localização de viaturas em troca de dinheiro. O sargento também é acusado de instalar aparelhos de GPS em veículos da polícia para monitorar equipes e facilitar a movimentação do tráfico na Região Serrana.
Além da atuação em Petrópolis, a polícia destaca que o Comando Vermelho também estaria expandindo atividades criminosas para o Sul Fluminense, onde há relatos de confrontos com o Terceiro Comando Puro (TCP) em municípios como Porto Real, Barra Mansa, Itatiaia e Valença.
Os mandados da Operação Asfixia foram cumpridos em comunidades de Madame Machado, Nogueira (Águas Lindas e Calembe), Secretário e Araras (Santa Luzia, Vista Alegre e Poço dos Peixes), além do Morro da Provisória, em Petrópolis, e no Complexo da Maré, no Rio.
Os quatro procurados têm mandados de prisão expedidos pela 1ª Vara Criminal de Petrópolis, pelos crimes de corrupção ativa e associação para o tráfico de drogas.
Segundo a Polícia Civil:
Macumbinha está foragido desde maio de 2019;
Luís Felipe foi preso em abril de 2009 e solto em setembro do mesmo ano;
Paulo Victor já foi preso três vezes e está em liberdade desde novembro de 2023, por decisão judicial;
Guilherme Augusto cumpre prisão domiciliar.
A 106ª DP (Itaipava) pede que quem tiver informações sobre o paradeiro dos criminosos entre em contato com o Disque Denúncia pelos números (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177, também disponíveis por WhatsApp. O anonimato é garantido.