Documento com demandas quilombolas será levado à COP30 após encontro em Macapá


Amapá tem 12.524 pessoas quilombolas, dados foram divulgados pelo Censo 2022, do IBGE
Lideranças quilombolas de diversas regiões do Brasil estão em Macapá para a COP Quilombola da Amazônia, que ocorre até quinta-feira (25) no Centro de Cultura Negra (UNA), localizado no bairro Laguinho, área central da capital.
O encontro integra a mobilização nacional para a COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA), e marca a participação oficial de quilombolas e pequenos agricultores da Amazônia na Conferência Mundial do Clima.
Ao longo da semana, será elaborada a Carta do Amapá — documento coletivo que reunirá as principais demandas das comunidades quilombolas para a agenda climática. O texto será levado como contribuição oficial do movimento à COP30.
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“Esse momento é para reafirmar o direito das comunidades quilombolas, que hoje sofrem o impacto de crimes ambientais, desmatamento ambiental e prejudicam nossa justiça climática. Existe uma falta de diálogo com essas comunidades e precisamos dessa formação para levarmos à COP30”, destaca Andrey Santos, coordenador de Articulação das Comunidades Negras Quilombolas no Amapá.
Andrey Santos é coordenador de Articulação das Comunidades Negras Quilombolas no Amapá.
Crystofher Andrade/g1
Justiça climática
Os debates também reforçam a garantia de direitos para comunidades que, historicamente, preservam a natureza, mas que estão entre as mais afetadas pela crise climática.
Silvano Santos, quilombola da comunidade Bacabal, em Oriximiná (PA), defende que os povos tradicionais devem ser reconhecidos como protagonistas na busca por soluções sustentáveis para o meio ambiente.
“Precisamos levar mais debates sobre essa justiça climática e a luta do nosso povo pela defesa da floresta. Queremos buscar o reconhecimento da população quilombola como protetores do clima na ONU e em todo o mundo”, explicou.
Cristina Silva, quilombola do Ceará, destacou a importância da mobilização de jovens na defesa da floresta e na proteção dos territórios.
“É importante mobilizarmos toda a juventude pois eles unem essa força na defesa pelo meio ambiente e na garantia pela defesa do nosso território, outra pauta nossa. Uma das principais demandas que também queremos levar à COP é a regularização e demarcação das nossas terras enquanto quilombolas”, afirmou.
Cristina Silva veio do Ceará e acredita na força da juventude na justiça climática.
Crystofher Andrade/g1
Confira a programação
Dia 23 de setembro (terça-feira)
Estratégia política, leitura da Carta do Amapá e encontro com autoridades
Dia 24 de setembro (quarta-feira)
Painéis e Grupos de Trabalho sobre racismo ambiental, NDC Quilombola, financiamento climático e defesa de territórios
Dia 25 de setembro (quinta-feira)
Plenária final, avaliação, assinatura da Carta Amapá e próximos passos.
Comunidades quilombolas do país realizam encontro preparatório para a COP30, em Macapá.
Crystofher Andrade/g1
Comunidades quilombolas do país realizam encontro preparatório para a COP30, em Macapá.
Crystofher Andrade/g1
Comunidades quilombolas do país realizam encontro preparatório para a COP30, em Macapá.
Crystofher Andrade/g1
Comunidades quilombolas do país realizam encontro preparatório para a COP30, em Macapá.
Crystofher Andrade/g1
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*Estagiário sob supervisão da editora Josi Paixão.
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