Em exposição, artista Juliana dos Santos aborda o passar do tempo na vida das flores

Juliana dos Santos atravessa um grande tapete tingido de azul. Para andar sobre ele, é necessário tirar os sapatos. Obtidas a partir da flor Clitoria Ternatea, manchas coloridas inscrevem linhas, círculos e uma série de formas abstratas. Não há padrões no modo como elas se dispersam pela superfície. Distante de um domínio sobre esses pigmentos, a artista se coloca como uma eterna aprendiz da espécie vegetal.

Constante em sua vida como objeto de estudo, restos da flor tomam uma sala da Pina Contemporânea com “Temporã”. A mostra explora potenciais artísticos da Clitoria e reúne painéis e esculturas ao redor da passarela que recebe o público. O corredor, aliás, foi feito a várias mãos, com a ajuda de visitantes e funcionários da instituição. Foram dez quilos de pétalas, convertidas em pó, sopradas sobre vinte metros de algodão.
Leia mais (11/03/2025 – 13h00)

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *