Comerciante contou ter sido agredida por casal em Santos, SP
Uma mulher relatou ter sido agredida e ameaçada por um grupo de jovens que estava em uma unidade 24h da rede Oxxo, em Santos, no litoral de São Paulo. Ao g1, a empresária Naheda Ruchdi Abbas, de 57 anos, contou que cerca de seis pessoas tentaram invadir sua casa após o filho reclamar do barulho e pedir respeito ao sossego da vizinhança.
O caso ocorreu na noite de quarta-feira (8), por volta das 23h40, no bairro do Embaré. Naheda é dona de um restaurante de comida árabe que funciona na própria residência, onde mora com o filho de 35 anos. Ela é vizinha da conveniência, inaugurada em 2024, e afirma que a família vive “um tormento” desde então.
“A baderna é muito grande à noite. Eles dando risadas, bebendo e quebrando garrafas”, contou.
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Segundo Naheda, o grupo que estava no comércio ao lado passou a perturbar o sossego da família. O filho dela foi à janela e pediu para que abaixassem o som e o tom de voz, o que gerou uma discussão.
Agressões
Naheda disse que estava dormindo quando foi acordada pela confusão. Ela relatou que o grupo tentou invadir a casa e chutou violentamente o portão. Após o tumulto, os jovens deixaram o local, mas um casal permaneceu próximo a um veículo e passou a fazer ameaças, inclusive ao restaurante.
Ao abrir o portão para tentar conter a situação, Naheda foi surpreendida: a mulher a agrediu com um soco na mão e rasgou sua blusa. O filho dela também foi atacado, levando um chute do homem. A empresária contou que acreditava que o casal havia se aproximado para pedir desculpas.
Comerciante foi agredida e teve roupa rasgada após discussão em Santos, SP
Arquivo pessoal
“Eu nunca vi isso na minha vida […]. Eu não dormi à noite, eu não sabia se eles iam voltar”, conta.
Ela acrescentou que a PM foi acionada por volta da meia-noite, enquanto a discussão ocorria, mas que uma viatura passou pelo local apenas por volta das 1h40 e não prestou atendimento na residência da família.
Problema recorrente
A comerciante mora no local há quatro anos e disse que nunca havia visto aquele grupo antes. Desde a inauguração da unidade, segundo ela, situações semelhantes têm se tornado frequentes. Ela afirma que a Polícia Militar é constantemente acionada por moradores da região, mas que as viaturas raramente comparecem ao endereço.
Na madrugada desta quinta-feira (9), a PM informou que foi chamada para atender o desentendimento e esteve no local, mas não encontrou os envolvidos.
Por conta das agressões, Naheda afirmou que irá registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil para tentar identificar os suspeitos.
“É como se estivesse enxugando gelo. Todo dia tem pessoas diferentes e da mesma laia. E berrando, gritando, e bebendo”
Posicionamentos
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) destacou que a Polícia Militar de São Paulo atua de forma preventiva e ostensiva para garantir a ordem pública e a segurança de moradores, trabalhadores e frequentadores da região.
“Na madrugada desta quinta-feira (9), equipes foram acionadas para atender uma ocorrência de desentendimento na Rua Ministro João Mendes, no bairro Embaré, mas não encontraram os envolvidos”
A SSP disse que a corporação atua na mediação de conflitos, buscando uma solução imediata no local. Caso o denunciante opte por formalizar a queixa, os policiais conduzem as partes envolvidas ao Distrito Policial para os devidos procedimentos de polícia judiciária.
“A PM reitera que permanece à disposição dos órgãos competentes e seguirá colaborando para a resolução do caso e a responsabilização dos envolvidos, caso sejam identificados”, finalizou a pasta.
A Prefeitura de Santos, por sua vez, disse que a Guarda Civil Municipal (GCM), em colaboração com a PM e outros órgãos, realiza forças-tarefas contínuas para coibir a perturbação do sossego, aglomerações e outras irregularidades. Neste caso, a prefeitura disse que não foi acionada.
Conforme prefeitura, as operações são realizadas por conta de denúncias à corporação, realizadas por meio da Ouvidoria Municipal (telefone 162) ou à GCM (153). Em nota, a prefeitura destacou que a Ouvidoria não recebeu nenhuma denúncia desta natureza neste semestre.
“A presença das Rondas Ostensivas Municipais (Romu) no Embaré segue intensificada, contribuindo com as forças policiais para oferecer mais segurança à população”, finalizou.
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