Espetáculo no cemitério reflete sobre tabu da morte

É sexta-feira à noite. As portas do Cemitério do Redentor, na zona oeste de São Paulo, estão abertas. As luzes acesas indicam um movimento diferente na capela ao fundo. Passo por um corredor de túmulos, mas não consigo ler as lápides. Uma mulher de vestido e salto alto aparece e convida a todos para entrar: “este é meu velório”. Este é o velório de Bruna e o começo do espetáculo “A Queda de Baleia – ou Canto para Dançar com Minha Morte.”

Uma peça dentro de um cemitério pode soar estranha ou até mórbida demais para muitos. Não para 20 pessoas que aceitaram o convite de entrar no velório de uma desconhecida. E, de maneira catártica, vincular seus lutos, medos e assombros aos dela.

O solo, escrito pela atriz, dramaturga e diretora Bruna Longo após a morte do pai em 2022, e co-dirigido pelo também ator e dramaturgo Vitor Julian, é um misto entre uma prosa que acolhe e uma viagem pelo mundo por meio da morte.
Leia mais (10/08/2025 – 20h18)

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