
Terras raras e mineração: qual o impacto ambiental?
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, assinaram nesta terça-feira um acordo para garantir o fornecimento de minerais críticos e terras raras por meio de mineração e processamento, informou a Casa Branca em comunicado.
Os dois países planejam cooperar por meio do uso de instrumentos de política econômica e de investimentos coordenados para acelerar o desenvolvimento de mercados diversificados, líquidos e justos para minerais críticos e terras raras, segundo o comunicado.
“O acordo ajudará ambos os países a fortalecer a segurança econômica, promover o crescimento econômico e, assim, contribuir continuamente para a prosperidade global”, afirma o documento.
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As chamadas terras raras são um grupo de 17 elementos químicos encontrados em abundância em vários países. A maior parte desses minerais está concentrada em dois pontos: na China e no Brasil. Eles são imprescindíveis para a indústria. Agora, a reserva brasileira é alvo do imbróglio com Trump.
A maior concentração desses territórios está na China, o que faz do país um monopólio. Esse cenário tem preocupado Trump.
E a China não detém só o território, mas também o refino. Depois de extraídos, os elementos passam por processos complexos de separação e refino até se tornarem utilizáveis. Essa etapa também é dominada pelo país, que lidera a produção mundial de ímãs.
O controle é ainda maior em relação a certos elementos. Os mais leves — com exceção de neodímio e praseodímio — são mais abundantes e fáceis de extrair. Por exemplo: a União Europeia importa de 80% a 100% desse grupo da China. Para os elementos mais pesados, a dependência chega a 100%.
O domínio chinês acendeu alertas no Ocidente. Nos últimos anos, EUA e UE começaram a formar reservas estratégicas de terras raras e outros materiais críticos.
Esta matéria está em atualização.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participa de uma cerimônia de assinatura durante uma reunião bilateral com a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, no Palácio de Akasaka, em Tóquio, Japão, em 28 de outubro de 2025.
REUTERS/Evelyn Hockstein